Por: Ivanine Silva
Celebra-se hoje, 23 de Março, 32 anos desde o final da “Batalha do Cuito Cuanavale”, um dos confrontos militares mais violentos e sangrentos decorridos no país após a proclamação da independência do país.
Celebrada como feriado nacional desde 2019, o 23 de Março, é conhecido como a data da libertação da África Austral.
A batalha ocorrida entre 15 de Novembro de 197 e 23 de Março de 1988, envolveu as ex-Forças Populares de Libertação de Angola (FAPLA), as Forças Revolucionárias Cubanas (FAR), a União Nacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) e o exército Sul-africano, que foi o grande derrotado deste confronto.
Esta Batalha, tornou-se o ponto de viragem na guerra que se arrastava há anos em Angola, obrigando o regime do apartheid a promover conversações quadripartidas entre os contendores, que levaram à assinatura dos Acordos de Nova Iorque, assinados em Dezembro de 1988, e deram origem à implementação da resolução 435/78 do Conselho de Segurança da ONU, para a retirada das forças estrangeiras do conflito angolano, e, consequentemente, à independência da Namíbia em 1990 e à democratização da África do Sul, culminando com o fim do regime do Apartheid.
Como forma de homenagear todos os que tombaram nesta guerra, foi construído a entrada do município, o monumento da bandeira postada num edifício com 55 metros de altura e mil metros quadrados de área útil, o imponente edifício simboliza a memória e a bravura dos heróis da batalha de 1988.
O nome Cuito Cuanavale (um dos municípios da província do Cuando Cubango), tem origem em dois rios (Cuito e Cuanavale) que convergem nesta região. Com uma superfície de 35.610 quilómetros quadrados, o município do Cuito Cuanavale possui uma população estimada em 94 mil habitantes.