Conflitos de terra em Angola

Por: Gabriel Díssel

O grande objectivo dessa discussão, é procurarmos emitir nossa opinião, relativo ao “Conflito de Terra Intergeracional em Angola”, porque entendo, ser preocupante, na medida que tem se agudizado e há um enorme descontentamento por quem declara pertencê-los, desde o primórdio de suas gerações.

Na verdade, há relatos de intimidações, agressões, invasões, tanto que há testemunhas e nos olhos de todo mundo, quando as rádios e televisão mesmo internacionais, assiste-se e se ouve, noticias até mesmo de mortes, pelo revindicar de um direito natural, próprio dos povos da mãe Angola.

A Terra em Angola sempre foi dos verdadeiros filhos

Desde o passado, a terra nunca foram pertenças directa do Estado, porque sempre estiveram nas mãos, dos angolanos, sempre vivemos do cultivo, do campo, nossas mães e pais, sempre foram camponeses, e muitos dos bons filhos desse país, têm origens do mato, do campo, e sabem muito bem do que escrevo.

A questão da terra na posse dos angolanos em Angola, sempre foi cultural desde os primórdios de sua origem, por fazer parte de uma herança antiga dos povos dessa terra, pois, podemos recordar, que mesmo antes de sermos um país colonizado, os nossos ancestrais não só, tinham o domínio e o direito de usufruírem sem intimidação desse bem natural próprio dessa nação, que agora é um Estado, como também, era impossível se ouvir, que houve, situações constantes que hoje mediocrizam o que antes era inviolável, mesmo sem universidades, quando, o mais certo, pelas oportunidades de aprendizagem que temos, é resolvermos esse conflito desnecessário, sendo, que a própria a mãe (Angola), continua a lamentar pelo desumanismo de seus filhos, com lágrimas escritas na sua principal carta de amor, a CRA no seu artigo 30º sobre o (Direito à integridade pessoal), no nº 1 e 2, com as seguintes frases de instrução, reeducação humanista e patriótica, nos dando a entender que o, Estado não só respeita a integridade moral, intelectual e física das pessoas, como, defende a sua inviolabilidade, bem como, também, defende ainda, o respeito, protecção a pessoa e a dignidade humanas.

Não se pode admitir, que haja uma ignorância do seu passado, e ao traçarem as politicas de pertença de que o Estado, é a única detentora de terra, também, se esqueçam que o Estado, não é uma parte separada da população, que qualquer politica publica deve ser sempre virada em benéfico da própria população, no entanto, ao traçarem as politicas sobre a terra, ao invés de receberem intimidativamente da população, devia existir um acordo factual, com evidencias de que esses homens e mulheres que sempre estiveram com as terras, fossem recompensados na prática, o que não se vê até ao momento, por isso, há ocorrência de abuso do poder e fuga da paternidade e maternidade do próprio Estado angolano, para com seus deveres, daí, a confusão, que se faz, quando, o poder politico, age em nome do Estado.

Ignorância do ignorado da sua própria terra

Ainda, que há uma ignorância por parte de muitos cegos ideológicos, vestidos de cores que se confundem com sua paciência de partidologias, precisam despertar da sonolência preguiçosa, de suas mentes demente, que nos últimos tempos tem se registado inúmeros acontecimentos, reactivos por parte de muitos cidadãos desse país, no que se refere, a questão da terra, mas quase sem solução factual, sobre essas parcelas de terras, que ao se discutir tal problemática, se confunde por vezes entre a razão e o errado, quem tem a verdade legitima, desse bem de um povo.

Há de facto constantes conflitos de terra, que por teimosia de quem se veste da arrogância mal concebida do poder, provoca uma ira sem limite, pela ignorância, mesmo até das gerações que nem sequer nasceram, porque a não resolução desse conflito, certo estou, que não haverá limites que não venha a transcender para as Gens intergeracional, uma vez que, a questão da terra em Angola não é recente, na medida, que é do conhecimento geral, que sempre eram os mais-velhos, os pais, que sempre cultivaram nessas terras, que agora são assombradas, porque são ignorados dentro da sua própria terra, pelos ignorantes dessa mesma terra.

Gabriel Díssel, é professor na Universidade Privada de Angola. É especialista em Relações Internacionais e mestre em Governação e Gestão Pública pela UAN.

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