UNFPA comemora Dia Mundial da População com mensagem para os jovens
Por: Redacção
O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), enviou a mensagem da sua directora Executiva, Nathalia Kanem onde aborda as consequências da pandemia da Covid -19 na população mundial.
Segundo o comunicado que o Notícias de Angola teve acesso nesta terça-feira, a pandemia COVID-19 pode ter consequências duradouras na população, para alguns isso levou a adiar a procriação, para outros, as interrupções nos cuidados de saúde resultaram em gravidezes indesejadas.
Acto que decorreu na segunda-feira, no auditório da faculdade de ciências Agostinho Neto.
“Para alguns, isso levou a adiar a procriação. Para outros, as interrupções nos cuidados de saúde resultaram em gravidezes indesejadas”, explica o documento.
Embora ainda não tenhamos um quadro completo do impacto da COVID-19 na fertilidade, essas tendências provocaram preocupações alarmistas sobre baby booms ou colapsos no crescimento populacional.
O que deveria causar alarme é quando as mulheres não podem exercer seus direitos e escolhas sexuais e reprodutivas – seja porque os serviços de saúde foram interrompidos ou porque a discriminação de gênero as impede de tomar decisões sobre o acesso aos cuidados de saúde, o uso de contraceptivo ou o envolvimento sexual com o parceiro.
O que leva às sociedades saudáveis e produtivas é quando as mulheres podem fazer escolhas informadas sobre sua saúde sexual e reprodutiva e quando têm acesso a serviços para apoiar suas escolhas. A mulher que tem o controle sobre seu corpo ganha não somente em termos de autonomia, mas também com avanços em saúde e educação, renda e segurança. Ela tem mais hipóteses de prosperar, assim como a sua família.
COVID-19 revelou desigualdades e fraquezas gritantes nos sistemas de saúde dentro e entre os países. A crise fez com que muitos sistemas de saúde sobrecarregados reduzissem os serviços de saúde sexual e reprodutiva, que muitas vezes não são considerados essenciais. Embora esses serviços sejam um direito humano, eles foram postos de lado em detrimento de preocupações mais “pertinentes”. No meio a pressões económicas e cortes orçamentais, existe um risco real de que alguns países não consigam restaurar esses serviços.
No Dia Mundial da População, vamos agir para eliminar essas lacunas, porque os serviços de saúde sexual e reprodutiva são essenciais. Mesmo que os sistemas de saúde estejam compreensivelmente tensos, esses serviços não podem esperar. Quaisquer outros atrasos prejudicarão a saúde e o bem-estar de mulheres e meninas, consequências que podem durar por toda a vida.
“Vamos trabalhar juntos para defender o direito de decidir quando e se quer ter uma família e vamos defender os direitos e escolhas de todas as mulheres e meninas”, apelou Nathalia Kanem.
Para este dia o UNFPA Angola organizou um live na sua pagina de Facebook com o representante residente do UNFPA em Angola, Mady Biaye, com o tema O que mudou desde a pandemia na saúde reprodutiva e fecundidade em Angola?.
O evento foi apresentado pela jornalista e apresentadora Ludmila Rangel e teve participação de Zuleica Wilson e Igor Benza e a consultora de Marketing Mell Chaves.
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