COVID-19: Sexo em liberdade e os números da SIDA

Por: Manuel Ngunza

O confinamento favoreceu o aumento da prática de sexo inseguro entre casais, facto que pode elevar os números de contaminação e o nascimento de crianças infectadas com o VIH SIDA, no país e em geral no mundo, onde o continente africano averbará a maior fatia.

Com a chegada da covid-19, a luta contra o sida passou para o segundo plano na agenda política de Angola e do mundo, houve relatos de roptura de estoques de medicamentos e preseravativos, e com as pessoas confinadas a actividade sexual aumentou, tendo-se o registo por parte de líderes ativistas de combate o VHI SIDA e do governo de casos de violação sexual sem preservativo e, a possibilidade de as mulheres negocearem o sexu seguro reduziu, consequentemente os números de casos dispararam e o de mortes não é indiferente.

A revelação veio do Presidente da ANASO, António Coelho, em exclusivo ao Notícias de Angoa sobre o quadro da doença no país.

Segundo o ativista, até antes da covid-19, Angola dava passos largos no corte de transmissão de mãe para o filho, saindo de 26% para 18%, fruto das actividades levadas a cabo pelos atvistas e do programa nascer livre para brilhar, mas, com o surgimento do coronavírus e, pela formo como foi recebida a doença, tendo obrigado a restrição de muitos serviços de saúde, para dar atenção à covid-19, o país regrediu, as consultas pré-natais e acompanhamento ficaram quase paralizadas e como consequências o cenário é preocupante.

“O estigma aumentou igualmente, porquanto a covid-19 passou a ser vista como crime quem fosse infectado e, já que as pessoas sabem que a covid-19 é uma doença viral e a sida também, elas passaram a associar as coisas, deste modo trouxe redução na mudanças de atitude sobre o VIH SIDA e modo de olhar a pessoa portadora”, relatou.

VACINA

Para António Coelho, o mundo nunca esteve tão engajado para o surgimento e a descoberta de vacina, a covid-19 é uma oportunidade para os cientistas investirem mais nas pesquisas da cura da sida.

De recordar que o ano passado houve notícias frentes a falar numa possibilidade da vacina contra à sida, e durante este ano, os pesquisadores segundo António Coelho, estão a trabalhar arduamente e, brevemente o mundo conhecerá a cura.

Sobre o aumento da prática de sexo durante o período de confinamento, o Secretário-geral da ONU, António Guterres e o Director-geral da OMS, tinham alertado que a população vai multiplicar.

O mundo assinala a 1 de Dezembro, o dia mundial da lutra contra à sida e, as atenções estão viradas para o resgate das agendas dos governos, ativistas e a sociedade civil em geral, onde a descoberta da vacina é o grande desejo.

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