Archer Mangueira anuncia emissão do ‘Eurobonds’ para Maio

O ministro das Finanças, Archer Mangueira, anunciou que a emissão de dívida em moeda estrangeira (Eurobonds’), vai ser feita em Maio e espera taxas de juro de 7 por cento, começando amanhã, em Nova Iorque, uma apresentação aos investidores (Roadshow), informou o Jornal de Angola.

“Vamos fazer um ‘Roadshow’ [apresentação aos investidores] em várias praças financeiras, a começar por Nova Iorque, na segunda-feira”, disse Archer Mangueira à agência Lusa, à margem dos Encontros da Primavera, que terminam hoje em   Washington, Estados Unidos.
“O mínimo é dois mil milhões de dólares, mas pode ser mais”, disse o ministro, salientando que a expectativa é que as taxas de juro exigidas pelos investidores fiquem em linha com as praticadas actualmente na emissão de dívida que Angola lançou em 2015.

“A expectativa que temos é que [a taxa de juro] ficará abaixo da dos títulos emitidos em 2015, que já estão a ser comercializados a menos de 7 por cento; foram lançados a 9,5 por cento e estão a ser comercializados a 7 por cento, portanto a nossa expectativa é que fiquem a esse nível”, disse o ministro das Finanças citado pela Lusa.

De acordo com o Plano Anual de Endividamento, Angola prevê captar 6,721 biliões de kwanzas (23.800 milhões de euros) de dívida pública, em 2018, totalizando 54.500 milhões de euros de endividamento, o mesmo documento, elaborado pelo Ministério das Finanças em meados de Fevereiro, relata que estas necessidades repartidas por 4,762 biliões de kwanzas (18.100 milhões de euros) a captar em dívida emitida internamente e 1,959 biliões de kwanzas (7.400 milhões de euros) em desembolsos externos, visam “colmatar as necessidades de financiamento” do Orçamento de 2018.

O ministro das Finanças espera que as medidas aprovadas e o apoio técnico do FMI criem condições para captação de recursos financeiros em condições mais favoráveis do que as oferecidas pelo Fundo.

Citado pela Lusa em     Washington, à margem dos Encontros da Primavera, Archer Mangueira, quando questionado sobre a razão de não recorrer ao financiamento do FMI e optar pelos mercados financeiros, explicou que isso se deve à convicção de que os mercados internacionais de capitais podem oferecer condições mais vantajosas depois das reformas.

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