Presidente Macron confirma na Costa do Marfim fim do franco CFA e visita Níger
Fonte: RFI
Segundo a publicação no site da RFI, Costa do marfim, depois de ter confirmado o fim do franco CFA, símbolo da Françáfrica, o presidente francês, Macron, visita a capital rebelde, Bouaké, onde foi recebido pelo seu homólogo Ouatarra e milhares de marfinenses, última etapa da sua visita a esse país. Macron prosseguirá depois o seu périplo africano no Níger.
O presidente francês Macron foi recebido hoje por dezenas de milhares de habitantes de Bouaké, ex-capital rebelde, última etapa da sua visita na Costa do Marfim, donde partirá para o Níger.
É a primeira vez que um presidente francês visita Bouaké, desde a independência da Costa do Marfim.
Macron recebido pelo presidente marfinense Alassane Dramane Ouattara, festejará o Natal com os soldados franceses ali estacionados.
O presidente francês evocará o recente drama vivido pelo exército francês com a perda de 13 militares da operação antijiadista Barkhane num choque acidental entre dois helicópteros durante uma operação no Mali.
Fim do franco CFA e visita também ao Níger
O presidente francês seguirá depois para Niamey, capital do Níger, onde participará na cerimónia de homenagem de 71 soldados nigerinos mortos recentemente no ataque de jiadistas de um campo militar.
Macron tem encontros com o seu homólogo nigerino, Mahamadou Issoufou, para entre outros assuntos preparar a cimeira de Pau no sudoeste da França que deve reunir a 13 de janeiro os chefes de Estado sahelianos da força G5 Sahel.
No mesmo cumprimento de ondas que Issoufou, que reiterou o seu apoio à operação militar francesa na zona, Macron, reclamou ontem uma vez mais uma clarificação sobre a presença francesa na zona.
“Se esta clareza política não for estabelecida a França tirará as consequências em certos países” advertiu o presidente francês.
Macron, apresentou-se como o construtor duma nova era de relações com a África francófona anunciando o fim do franco CFA e criação do ECO.
Esta nova estratégia poderia mudar a imagem da França, com Macron, a dizer, que muitas vezes a França é vista como tendo um olhar de hegemonia e da arrogância do colonialismo que foi um erro profundo e grave da República.
“Sim, a questão do franco CFA cristaliza numerosos debates e numerosas críticas sobre o suposto papel da França.
“É por esta razão que quis pôr tudo em cima da mesa para a gente poder escrever uma nova página. Uma nova página da nossa história comum, que meta fim a dispositivos que não tinham muito sentido e estou muito feliz em anunciar ao lado do presidente Ouattara esta reforma histórica extraordinária.
“A França aceita e apoia o pedido do presidente Ouattara e estaremos presentes. ECO, esta moeda verá o dia em 2020, estou satisfeito e será o instrumento desta integração.”
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