O papel da comunicação institucional para o sucesso das organizações

Por: Olívio dos Santos

Desde 2001, altura em que se deu início do Século XXI, a chamada “Era da Comunicação”, fala-se bastante de comunicação, mas comunicar de facto, ainda falta-nos. Até porque, mesmo sem proferirmos palavra alguma, temos estado a comunicar. E a pergunta que se coloca é a seguinte: essa comunicação tem sido positiva ou negativa? Seguramente, cada indivíduo possui resposta para essa questão, em decorrência dos resultados.

O conceito de comunicação remete-nos sempre ao latim, “communicare”, que quer dizer “tornar comum”. Essa frase aparentemente simples, representa a responsabilidade dos Gabinetes de Comunicação Institucional (GCI) em transformarem as linguagens complexas das empresas em mensagens simples para o entendimento de todos os públicos, internos e externos. Mas, essa tarefa torna-se prazerosa para o GCI ou para uma agência de comunicação contratada, quando as direcções compreendem os benefícios da comunicação institucional para o sucesso das organizações.

Por se tratar de uma ferramenta estratégica para o êxito das marcas, empresários que adoptam a comunicação institucional como parte de sua gestão gozam, sem sombras de dúvidas, das vantagens desta visão. De igual modo, reza a história, que a comunicação institucional surgiu em 1906, nos Estados Unidos da América, quando o jornalista Ivy Ledbetter Lee tinha decidido cuidar da imagem do magnata John Rockefeller.

O barão do petróleo que tinha sido manchada a sua reputação, através de um plano de comunicação estratégico e consistente, a sociedade americana passou a respeitá-lo, tornando-se numa referência e autoridade naquele mercado, até aos dias de hoje. Passados 115 anos, apenas uma dúzia de empresários têm implementado a comunicação institucional nos seus projectos empresariais e os resultados falam por si, ao contrário daqueles que teimosamente relegam em segundo plano.

Além de conceitos e das questões mercadológicas, o objectivo cinge-se na humanização da comunicação, com a finalidade de atender as necessidades dos diversos públicos estratégicos de uma organização para o fortalecimento e manutenção do relacionamento, bem como a construção de uma marca coesa, alicerçando os processos comunicacionais no tripé, nomeadamente valor, missão e visão da empresa.

“A comunicação institucional deve agregar valor ao negócio das organizações e contribuir para criar um diferencial no imaginário dos seus públicos”, defende a professora e pesquisadora Margarida Kunsh. Para que essa realidade aconteça, só é possível com um plano que coloca os recursos humanos no epicentro da comunicação. Esta filosofia, enriquece e enobrece a empresa, enaltecendo o nome, a voz e a sua personalidade peculiar.

A académica Joseane da Silva (2012, pág.12-13) acrescenta que “é em meio a este contexto bélico da concorrência e da conquista da mente e do coração dos consumidores que as empresas vão construindo a sua imagem como instituição”. “A imagem”, segundo Joseane, “será a soma de todas as outras imagens da empresa, ou seja, a imagem de seus produtos mais a da relação da empresa com o consumidor e com seus diversos públicos”.

Muito mais do que relegar a comunicação institucional em segundo plano, é, como refere o estudioso americano de marketing, Philip Kotler, “é mais importante adoptar a estratégia correcta do que buscar o lucro imediato”. Ao passo que o general chinês, Sun Tzu, autor do livro “A Arte da Guerra”, conclui que “a estratégia sem táctica é o caminho mais lento para a vitória. E táctica sem estratégia é o ruído antes da derrota”.

Desta feita, urge a necessidade de comunicar, mas com a linguagem correcta, para o alcance dos mais nobres resultados; pois a comunicação é o segredo de qualquer negócio.

Comentários estão encerrados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. AceitarLeia mais

Política de Privacidade e Cookies