O país cabe aqui.

O Erro da Indução do Presidente Volodymyr Zelensky numa insistência e resistência temporária de uma guerra com um vencedor sabido

Por: Gabriel Díssel

A UE, NATO verso EUA, devem ao invés de acusarem os comportamentos de Vladimir Vladimirovitch Putin, deixarem de induzir o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa insistência e resistência temporária de uma guerra, com um vencedor, sabido, o que vai prejudicar o país, por mais ajudas que possam receber, após conflito, porque por mais que tentam diabolizar a Rússia, tudo está claro, que não há fumo sem fogo, nem chama sem um reagente, até porque a Ucrânia do ponto de vista estatutário não fazia e nem parte da UE, nem muito menos da NATO.

No entanto, nesse tema de reflexão das Relações Internacionais, gostaria que quem pudesse ler este artigo, refletisse no seguinte:

  1. Porquê razão, o Presidente Zelensky não quis ouvir Putin, antes do inicio dessa infeliz guerra?
  • Porquê a insistência dos EUA, UE e NATO em apoiar Zelensky e não a Ucrânia, mesmo sabendo, que historicamente havia um consenso entre os dois Estados em conflito?
  • Porquê os EUA, mesmo geograficamente, estando distante da Rússia, pretende fazer com que a Ucrânia, faça parte da UE, bem como, da NATO?
  • Quais são os reais motivos da persistência americana e da cedência da União europeia, face a essa pressão?

Então, creio ser mais inteligentes pensarmos paz, mas com consciência do que acusar o presidente Vladimir Putin, quando a UE, está cheia de receio e medo em contrariar os EUA e há para além da desculpa Putin, outros motivos inconfessos.

Creio, que em Política Internacional e Relações Internacionais, como ciência e próprios Modus operandi da própria ciência , um Estado de direito democrático, quando é Soberano não deve permitir com que suas ligações e relações de amizade, sobrepõem-na , diante de sua soberania nem muito menos permitir a ingerência externa de outros atores das Relações Internacionais, por mais poderio que possa ter, ao menos que seja de interesse comum, pelo que, nesse caso específico, deve ser o grande momento da razão e reconhecimento de quem são os grandes detentores militares mundiais da primeira linha, o que está claro, quem determina  e comanda a hegemonia armamentista em prática, o que deve levar-nos, a uma reflexão muito forte, relativamente a insistência da invasão da Rússia na Ucrânia, a perturbação dos EUA e busca de apoio da UE.

Esses comportamentos das supostas grandes potenciais em prática do poderio militar e esse quase que confronto directo, é um momento de apelarmos o nosso subconsciente e intelecto da razão, para uma moderação e capacidade de resoluções de conflitos, independentemente, quer seja do ponto de vista das relações humanas, quer seja das relações entre os Estados, da capacidade de intendermos nossas limitações e buscarmos sempre o Win-Win (ganhos recíprocos) e não Lost (percas) por teimosia e inconsciência, porque por mais que haja alguém que diga que nos apoiará em momentos difíceis, infelizmente as consequências é e será sempre no corpo de quem está directamente em conflito, e é nesse mesmo corpo cujas consequências acontecerá e no caso em análise,  a Ucrânia. Na verdade, quando um superior ator de Relações Internacionais, no caso, em termos (geográfico, politico, económico, militar, desenvolvimento tecnológico, e mesmo do maior numero de habitantes), diz que te apoiará , ou, fará, uma invasão, independentemente das circunstâncias é porque fez um estudo prévio de quem necessita o apoio e como pode ser invadida, por chegar a conclusão do Win-Lost (Ganha-perde),  ao seu favor, ou seja, de que conseguirá tirar ganhos dos mais-fracos , com poucas possibilidades, de acontecer uma hecatombe de perca fatal ou total de seus intentos, mesmo sabendo, que haverá de sua parte algumas consequências, o que infelizmente e inevitavelmente, na teoria dos jogos, é essa falta de sabedoria que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Olexandrovytch Zelensky, não sabia, nem muito menos até ao momento sabe, porque taticamente, na pratica não é e nunca foi um militar de guerra , sendo simples político, ator, roteirista, comediante e produtor/director cinematográfico, formado em Direito e que nunca sequer a exerceu, que talvez por estar ladeado, de incompetentes staff politico e militar, confundiram-no, nas abordagens iniciais, muito antes da guerra, quando, com sentido de nação, poderia aceitar um equilíbrio negocial (Checks and Balances) com o presidente Vladimir Vladimirovitch Putin, que além de ter servido como ex-agente do KGB no departamento exterior e chefe dos serviços secretos soviético e russo, KGB e FSB, respectivamente, é visto como um grande estratega da politica externa da Rússia, tanto que, não é ao acaso que, os EUA, tem sempre procurado , competir com esse país em todas as eras e sobretudo, desde que, entre 2000 e 2008, além de ter sido primeiro-ministro em duas oportunidades, a primeira entre 1999 e 2000, e a segunda entre 2008 e 2012, há uma certa irritabilidade por parte dos governos americano, até a esse dado momento da eclosão de invasão russa na Ucrânia, juntando-se aos seus mais directo parceiros mundiais, apelando, para um sentido crítico, para a tomada, prática de inúmeros pacotes de sanções económicas e de barreiras protecionistas contra tudo que é produto que vem da Rússia, bem como, outros tipos, nomeadamente, a de proibição para que nenhum Estado membro, possa receber uma entidade russa nem permitir voos vindo desse país, com enormes congelamentos das riquezas de cidadãos russos, bem como , do próprio país, mesmo sem se importarem se haverá pessoas que sofrerão por esses tipos de estratégias mal aplicadas, quando a Rússia é dos principais doadores de bens e serviços do mundo, o qual muitos países , incluindo da Europa estão comprometidos e só não contrariam o pensamento dessa rede de países por medo, no fundo dos EUA.

Lamentavelmente, há alguns analistas, talvez por se reverem mais pelos países onde têm maiores facilidades de Business, formações académicas, recorrência para o tratamento médico e outros favores que poderiam ser feitos na sua própria pátria, ou mesmo porque são oriundos de países europeus ou americanos, que não conseguem admitir, de que, o presidente Volodymyr Zelensky, inicialmente, falhou nas suas abordagens, por más conselheiros.

Infelizmente, Zelensky, foi agitado e influenciado, pelo amigo dos vizinhos e, ou irmão de pai, ou ainda, de mãe como se diz em algumas partes de Angola, no caso, os (EUA e NATO), bem como, a própria vizinha zongola (termo na língua Kimbundu, que significa, pessoa que se intromete nos assuntos do vizinho ao lado, sem ser chamado, ou, seja, fofoqueiro (a), no caso, a (União Europeia), por falta de análise de sentido de nação.

Na verdade, nessa reflexão me leva questionar, se o apoio que o Ocidente está supostamente a dar a Ucrânia é o mais viável, ou é o que povo ucraniano, precisa para a pacificação de seu território nesse no mento?

Quando se faz uma análise dos Estados soberanos e democráticos, não se pode fazer por consciência de gosto ou de amizade, e nesse quesito, julgo, mais de que, a própria Europa não deve estar refém dos americanos, porque com coragem é o que o presidente Putin, está a fazê-lo, a contrariar os intentos americanos, a demonstrar que mesmo, sendo difícil, a Rússia vencerá essa batalha, no entanto, sou lamento, a falta de inteligência do Presidente Zelensky e de quase todos europeus medronhos.

Lamento, pela perca de vida de todos os inocentes, mas como disse o governo Russo, o término dessa guerra pode terminar num dia, somente depende que as partes sentem, aceitem as condições postas na mesa de negociações, sem que haja interferências ou ingerência externa, conforme diz-se em Relações Internacionais.

Me parece que há e sempre houve uma vontade russa, o que se passou foi um aproveitar dos EUA que conseguiu , infelizmente ludibriar a consciência dos europeus, o que demonstra uma certa dependência americana, que melancolicamente lamento, a semelhança de outros e vários países do mundo, por isso, desejo uma nova postura das abordagens para o mundo, em particular dos Europeus, até porque , por mais orgulho que possam ter, é hora de aceitarem que a Rússia , também é um de vós, com caraterísticas próprias, e que não se esqueçam, mesmo que a NATO, possa apoiá-los, em confronto directo, em termos de armas confeccionais e de destruição massiva, nem ainda que sejam uma união com apoio dos EUA, serão capazes de derrubar a Rússia, é muito superior, forte e a dimensão territorial, capacidade militar e de armamento determinam quem domina e dominará a geopolítica, no seu raio de confluência armamentista, ou seja, os americanos, já estão a afirmar que os territórios que pertenciam a Ucrânia, jamais voltarão a ser pertença desse mesmo país, e sabem o porquê?

Porque a NATO e os EUA reconhecem o poderio que vem do outro lado da Europa, a Rússia e jamais, quererão, ter um confronto directo, o que pode acontecer, possivelmente, é uma agitação, como o que está ser feita, para que a  Rússia , possa retalhar e assim, com a ajuda os americanos tentarem, ou enviarem armas, alguns homens, agitarem o quarto poder ( jornalismo e os meios de comunicação de massa) ocidental, mundial e propagandista, para diabolizarem-no, e por inexperiência, alguns pequenos países da Europa, terem pequena petulância de se confrontarem com a  Rússia, o que seria um enorme erro, caso os americanos possam ter uma participação, considerada directa , por parte dos russos .

Gabriel Díssel, é professor na Universidade Privada de Angola. É especialista em Relações Internacionais e mestre em Governação e Gestão Pública pela UAN.

Os artigos de opinião publicados no Notícias de Angola são da inteira responsabilidade do seu autor. O NA não se responsabiliza por quaisquer danos morais ou intelectuais dos textos em causa, confiando no rigor, idoneidade e credibilidade dos seus autores.

Comentários estão encerrados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais

Política de Privacidade e Cookies