Descrédito da governação em Angola

Fora das vestes ideológicas e partidárias, é notório ver que na actualidade agudizou-se pela negativa a relação entre a governação em Angola e a população, pelo que, sem falta de humildade e desrespeito, gostaria que todos pelo menos tentassem encontrar soluções e possibilidades, de entendimento, por existir inegavelmente, uma “task force”.

Por parte de quem exerce o poder político, deverá na verdade, procurar, dar melhor valor á população, por ser um elemento importante e necessário para o estabelecimento do Estado, assim como, de um Estado democrático de direito, pelo que, deve admitir a influência desse elemento mediocrizado, sob pena, de nunca haver paz entre esses elementos, quer se aceite ou não, para que se evite um divorcio, cujas cicatrizes, poderão eternizar nos corações até mesmo de seus descendentes, porque afinal é característico das Gens, a tal ponto de não só marcação de quem por hoje governa, bem como, a sua demarcação.

No entanto, é importante, que nessa nova Angola, houvesse um reaproximar das partes, mas por iniciativa do executivo, no sentido de haver, sobretudo, por parte do titular do poder executivo, espírito de cooperação, de maneira que haja, a justa solução dos problemas da população, porque reconhece-se, que de facto o país encontra-se numa situação complicada, do ponto de vista económico deficitário , cuja dependência maior sai da sua principal commodities(petróleo), que se encontra, também, em baixa no mercado internacional e que por azar, o país foi surpreendida por uma luta titânica, com um inimigo invisível temível , terrível e letal, a chamada COVID-19.

Assim, se sabe que por esse facto, há o aumento do desemprego, prostituição, analfabetismo, fome, falta do saneamento básico, serviços hospitalares lamentáveis, num nível preocupante, que influencia negativamente, para que essa situação, aumenta ainda mais o enraivecer da maioria da população, encontrando-se carente na procura á todo custo de soluções para seus problemas, o que provoca, num desacreditar da Governação em Angola, em que um dos meios democráticos que se tem usado, para se demonstrar essa insatisfação, são as manifestações, para que quem dirige o país possa com humildade ouvi-los, ainda que, pelo menos se tenha uma ideia clara do que se está a passar, mas que infelizmente, o triste nessa historia, é que para além da teimosia de algumas pessoas, o titular do pode executivo, não se tem apercebido, que as coisas vão de mal para pior.

É preciso saber, que como consequência, o povo precisa, pão, água, habitação, empregos condigno, acesso flexíveis para todos aos serviços hospitalares, oportunidades para todos e puderem se beneficiar dos direitos de cidadãos desse país, ou seja, a população não precisa soluções imediatas de suas inquietações, caso, o Estado tenha dificuldades, mas no entanto, é preciso que um pai, quando diz que o filho não terá direito ao matabicho, almoço e o jantar, que saiba pelo menos explicar adequadamente as causas, porque qualquer filho, por mais mimoso ou rebelde que seja, também, tem dentro de si, a compreensão e sabe até que ponto , hoje seu pai lhe transmite tal insuficiência.

Acredito, que é esse tipo de liderança com gestão transparente e amigo de seus filhos, que Angola, necessita, para que se resgate o descrédito da governação. Precisa-se urgente que se assuma, o real papel de lideres desse Estado, de tal ordem que se evite o descarrilar de uma locomotiva que nos foi dificílimo construirmos e pormos a andar nas alíneas férreas de Angola. Também, embora, haja alguns lideres difíceis de assumirem quando é que estão errados na sua direcção, por outro lado, também, há aqueles, que são grandes, porque reconhecem que em democracia, não se é melhor, quem tudo faz, sem o auxilio de outrem, ainda que, esses sejam supostamente, inferiores a si. Creio, ser o momento, de sermos um país sério, com lideranças credíveis com inteligência visionária, futurista, cuja, a coragem, possibilita, que haja a inclusão de todos, desde que possam provar e justificar que merecem, não importa as cores partidárias, é preciso ter coragem de buscar reforços governativos, seja também, nas academias, universidades, nas igrejas, nos bairros, através de auscultação das comissões e grupos comunais, porque os verdadeiros lideres, têm conhecimentos, de que os poderes jamais perpetuarão, pois, as experiências nos mostram, que os grandes poderes e impérios mundiais, normalmente, têm o seu fim e transcendendo ao conhecimento teológico, só Deus dura para sempre.

Gabriel Díssel, é professor na Universidade Privada de Angola. É especialista em Relações Internacionais e mestre em Governação e Gestão Pública pela UAN.

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