Por: Ivanine Silva
Os cantores angolanos que participaram na 5ª edição do Festival Caixa Fado, Patrícia Faria, Paulo Flores e Pérola, tendo partilhado o palco com cantores portugueses, na última semana, revelaram o quanto é difícil interpretar as músicas de Amália Rodrigues.
Em noite de homenagem a figura que colocou o Fado no patamar de Património Imaterial da Humanidade [Amália Rodrigues], pelo seu centenário e pelos 20 anos da sua morte, os artistas angolanos juntaram-se a festa do fado com os artistas portugueses como já tem sido habitual e interpretaram alguns dos sucessos de Amália Rodrigues.
Dos três cantores angolanos que marcaram presença no espectaculo, Patrícia Faria foi a primeira a fazer as honras da casa, onde fez duetos com as cantoras Mel e Lina.
“[Amália Rodrigues] Deu de facto a alma ao fado e tem uma técnica vocal que não é fácil de se executar, quando não mergulhamos a fundo no trabalho parece fácil, mas quando começamos a estudar Amália percebemos que de facto era uma senhora que cantava muito e atingia notas altíssimas com muita folga e tranquilidade”, declarou Patrícia faria.
Pérola, a segunda artista angolana a subir ao palco do Caixa Fado 2019, quando questionada sobre as dificuldades de interpretar as músicas de Amália, fez saber:
“Não é facíil, fiquei super, hiper, mega nervosa é muito mais fácil cantar aquilo a que já estamos habituados, [o fado] exige uma concentração muito forte”.
Já Paulo Flores, que foi o último do três a subir em palco, revelou que “a música de Amália Rodrigues tem uma linguagem muito difícil e tudo tem que se aprender, tem que se conhecer toda a história, as foi muito emocionante”.
Na 5ª edição do festival anual de fado, denominado Caixa Fado, que tem juntado ano após ano artistas angolanos e portugueses, participaram além dos três já citados, Mel, Lina, tânia Oleiro, Cidália Moreira e Marco Rodrigues.
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