Angola no contexto da África Austral
Notícias de Angola – Angola tornou-se num dos principais actores do contexto da África Austral, no âmbito político como económico e militar. Com o surgimento de novas barragens que podem beneficiar países da região e a projeção do corredor do do Lobito, assim como a conexão do cabo de fibra óptica 2África vai criar o interesse de alguns países em comprarem alguns serviços do ANGOSAT2, o potencial das novas barragens do Cunene, poderá garantir energia a Namíbia e Botswana.
No âmbito militar, Angola é uma das grandes presença do contigente militarizado que vem fazer face ao terrorismo em Cabo Delgado, Moçambie, e é uma força que está a ficarlizar o cessar fogo na República Democrática do Congo (RDC).
Quanto à integração comercial, destaca-se o fortalecimento da indústria do tecido na região, produção agrícola e industrial.
Nesta região da África Austral em que Angola faz parte, destacam-se os países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
No capítulo da industrialização sustentável da região, o país poderá alavancar a sua economia, tendo em conta o posicionamento geoestratégico do Corredor do Lobito.
Angola deverá de certa forma aumentar o dinamismo nas questões de representatividade e da igualdade de género, mobilidade entre os Estados-membros, implementação de trocas comerciais e económicas, assim como nas acções de combate às ameaças climáticas.
Quanto às tecnologias de Informação e Comunicação , abre-se uma excelente oportunidade para o país vender serviços do Angosat 2, uma aposta do Executivo para diminuir a exclusão digital de Angola e do continente.
Com essa tecnologia, Angola tem condições para expandir serviços de telecomunicações às zonas mais recônditas do país e dos Estados membros, a preços competitivos.
No bloco da África Austral faz parte Angola, África do Sul, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
Na visão do economista Osvaldo Funa, para que a presidência rotativa da SADC 2023-2024 beneficie o atual executivo Angolano, algumas ações-chave podem ser consideradas:
Osvaldo Funa , entende que ser necessariamente definir prioridades Claras: O governo de Angola deve estabelecer prioridades específicas para o mandato de presidência, identificando áreas onde o país pode causar um impacto positivo significativo.
Segundo o mesmo, para é fundamental promover a Cooperação Regional: Fomentar a colaboração entre os países membros da SADC é fundamental. Angola pode incentivar ações conjuntas para enfrentar desafios regionais, como segurança, desenvolvimento económico e saúde.
Crescimento Económico em Angola
O Governo angolano prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,09% em 2023, contra a média inicialmente prevista de 3,6%, segundo o director nacional para o Planeamento, Álvaro David.
A Revisão da Programação Macroeconómica Executiva do ano 2023, sublinhou que o saldo deficitário da Balança de Pagamentos estará no valor de 319 milhões de dólares, com as Reservas Internacionais a fixarem-se em USD 13 943,30 milhões, equivalente a 7,11 meses de importações de bens e serviços.
Neste sentido, recomenda-se a implementação imediata e efectiva das medidas de estímulo à economia e dinamização do seu potencial, no âmbito do processo da diversificação económica aprovado, recentemente, que visa aumentar a produção interna dos produtos essenciais de amplo consumo, de modo a reduzir o nível geral de preços e a taxa de desemprego.
Em Angola a Cimeira ocorre sob lema: “Capital humano e financeiro: Os principais factores para a industrialização sustentável da região da SADC”.
Ao assumir hoje a terceira presidência da organização, Angola terá a oportunidade de mostrar as suas potencialidades nos vários níveis e ajudar na pacificação dos conflitos na República Democrática do Congo (RDC) e em Cabo Delgado (Moçambique).
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