Notícias de Angola – O Presidente da República, João Lourenço, terminou na quarta-feira , a jornada de trabalho em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA), com profunda agenda virada diplomacia.
Da sua agenda de trabalho destacou-se o seu discurso no Debate Geral da 78ª Sessão da Assembleia-Geral da ONU, onde defendeu, entre outros aspectos, igualdade de tratamento nas questões relacionadas com os conflitos armados.
Segundo o Presidente da República, o crescimento dos países em vias de desenvolvimento e os desenvolvidos continua a ser uma realidade inaceitável, daí apelar às Nações Unidas, particularmente ao Conselho de Segurança, para a utilização de contribuições fixas para operações de apoio à paz mandatadas pela União Africana.
João Lourenço, convidou os parceiros internacionais de África a continuarem acreditar e apostar nos mercado continental.
Na ocasião após ter discurso n tribuna da ONU, o estadista angolano manteve encontro com o seu homólogo do Zimbabwé, Emmerson Mnangagwa, com o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e com a Directora da Siemmens para África, Isabel Cristina Tomás. Ao passo que orientou os trabalhos de uma reunião da troika da Organização de Estados de África, Caraíbas e Pacífico, composta por Angola, pelo Quénia (país que deixou a liderança) e Suriname.
Ao intervir, na qualidade de Presidente em exercício da OEACP, João Lourenço disse que a organização, com um bilião e meio de pessoas, distribuídas por três continentes e 79 países, representa uma força não negligenciável no concerto das nações, pelo papel que pode desempenhar em ajudar a construir um mundo de paz e segurança
Prometeu tudo fazer para levar a diante uma presidência activa, inclusiva e orientada para resultados positivos, bem como para implementar as decisões adoptadas pelas anteriores Cimeiras de Chefe de Estado e de Governo.
“Quero, por isso, colocar ênfase especial e fazer um apelo ao vosso inestimável apoio, para que consigamos fazer face às enormes tarefas de que estamos incumbidos”, exprimiu.
Considerou fundamental a existência do espírito de unidade, o cumprimento das obrigações estatutárias e a valorização de cada um dos órgãos, a fim de se tornarm mais fortes e capazes de responder aos complexos desafios que se apresentam aos países membros.
Noutro sentido, o Presidente angolano disse que o mundo atravessa um momento particularmente difícil, com o proliferar de guerras, conflitos entre nações, terrorismo, mudanças inconstitucionais de poder, alterações climáticas, endemias e pandemias que, como consequência, trazem consigo uma severa crise alimentar, humanitária e energética em que os países membros da nossa organização são as primeiras e principais vítimas.
O mais grave, disse, é o facto de as instituições internacionais criadas para lidar com este tipo de situações e dar-lhes solução em tempo útil demonstraram estar impotentes e sem soluções à altura dos desafios actuais.
“Eis a razão porque os povos do mundo, de que nós constituímos a maioria, reclamam por reformas profundas da governação global, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para melhor lidar com as questões da paz e segurança universais, e das instituições financeiras como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a Organização Mundial do Comércio”, expressou.
Reafirmou o compromisso com os princípios e objectivos da OEACP, por forma a que a realização cabal das obrigações que lhe cabem levem ao reforço dos laços de amizade, de solidariedade e de cooperação entre a organização e seus parceiros internacionais.
De recordar que o Presidente da República de Angola chegou à cidade de Nova Iorque no passado sábado, depois de uma missão oficial em Havana, Cuba.
Em Havana
Em Havana (Cuba), o Presidente da República participou da Cimeira do Grupo dos 77+China, ocorrida na última semana, onde manteve um encontro na capital cubana com o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para reforço das relações bilaterais.
Ainda no capítulo da diplomacia em Havana, João Lourenço, reuniu-se com o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, no qual, analisaram questões de interesse comum no quadro das relações bilaterais e regionais.
A reunião aconteceu à margem da Cimeira do Grupo dos 77+China, que fez convergir para a cidade de Havana estadistas dos quatro cantos do mundo.