Foi divulgado nesta quinta-feira, 25 de Março, em Luanda, o programa da primeira edição do Festival Internacional de Cinema Documental (Doc Luanda) vai decorrer de 2 a 7 de Abril de 2022, por iniciativa do Centro Cultural Português em Luanda, com a periodicidade anual em parceria MUKIXE e a CRIACOM.
O cineasta Jorge António, director do Festival, disse, na conferência de Imprensa realizada no Centro Cultural Português, que o objectivo do evento é de dar a público amante da arte, a possibilidade de mais um roteiro de actividades ligadas ao cinema.
Direcionado para o cinema documental e inédito em Angola, a proposta do Camões na realização do DOC LUANDA tem um fundo pedagógico e servirá para incentivar o intercâmbio cultural, estabelecer uma visão contemporânea do Mundo e de Angola através do cinema e da sua história contribuindo desta forma, também, para o futuro do panorama do cinema angolano.
Jorge António explicou que o festival estará composto de vários momentos. Além da exibição de filmes entre competitivos não competitivos, o festival reserva ainda uma mesa redonda sobre o cinema em Angola, com a participação de Jorge António, o director do festival, da atris e produtora Neide Van Dunem, do crítico de Artes Adriano Mixinge, do escritor José Luís Mendoça e do Director Provincial da Cultura de Luanda, Manuel Gonçalves.
Concertos, masterclasses, espetáculos, e exposição de CD´s, DVD´´s e livros constam também do programa de actividades do festival, que vai homenagear Gita Gonçalves, director de som de vários filmes produzidos em Angola.
Programação do festival
´Um sopro no quintal´ realizado em 2021 pelo realizador Gretel Marín vai abrir o Doc Luanda, seguido de Á má influência das músicas nacionais de Simão Francisco e ´Vírus Inesperado´ de Henrique Sungo e Filipe Anjos, a partir das 14 horas de 03 de Abril, na componente competição nacional.
No mesmo dia, na categoria competição internacional será exibido o filme ´Fordlândia Malaise´, de Susana Sousa Dias, bem como o documentário ´Canta Angola´, de Ariel de Bigault.
No dia 04 o realizador Dikizeko Matuzeyi verá seu filme ´os frutos da colonização em África (2021) ser exibido, no auditório Petetela, para a competição nacional, tal como os documentários ´Cozinhas de Rua e Empreendedorismo´, de Osvaldo Francisco, ´Nzila Ngola´ e ´Carne de gato preto´. Na competição internacional será o filme congolês de Ne Kunda Nlaba, ´Reino do Congo´ e o documentário ´Nheengatu´ realizado em Portugal e Brasil, por José Barahona.
Nesse mesmo dia entram em cena os três primeiros documentários da primeira sessão não competitiva, entre os quais o ´Corredor do Kwanza´ do realizador Óscar Gil.
No dia dia 5 serão exibidos um total de sete documentários, de curta e longa-metragem, para a competição internacional (Itália e África do Sul) no auditório Pepetela, e para a segunda sessão não competitiva com realizações de Angola e Portugal. A mesa redonda sobre Cinema em Angola está também agenda para esse dia.
O concerto da Banda Kosmik e a Masterclass de Rui Dias estão reservados para o dia 6 de Abril, separados, em termos de tempo, pela terceira sessão não competitiva que será na sala 1 no centro cultural Português. ´Viver e escrever em trânsito entre Angola e Portugal, do realizador Doris Wieser, ´Nducussole´, de Eltina Gaspar e ´Trilhos e Caminhos´ do realizador Brasileiro Reynaldo Barreto Lisboa, compõem o leque de documentários a serem exibidos na sala 1 do Centro Cultural Português, as 15 horas.
No último dia do encerramento do Festival Internacional de Cinema Documental, a 7 de Abril próximo, serão exibidos os documentários ´All the strets are silent´, do realizado americano Jeremy Elkin, da competição internacional, bem como ´Para lá dos passos´, de Kamy Lara e ´A mística dos Tambores´, do realizador Nguxi dos Santos, ambos na competição nacional.
As 18h30 do dia 07 será o encerramento, com a cerimónia de entrega de prémios aos documentários vencedores das competições nacional e internacional. A cerimónia contará ainda com a performance da Companhia de Dança Contemporânea de Angola.