Por: Victória Pinto
Com mais de 40 anos de carreira, o cantor e compositor angolano, Carlos Burity, revelou em exclusivo ao Notícias de Angola, que chegou o momento de dar uma pausa.
Apesar da sua carreira ir bem, o músico aponta a crise como principal factor para pausa na composição e lançamento de novos trabalhos musicais.
“Chega uma altura que o artista precisa fazer um intervalo, como é de conhecimento colectivo estamos em uma fase de crise, que também atinge os músicos”.
Com mais de dez obras discográficas, Carlos Burity, disse não saber o por quanto tempo durará esta pausa.
Carlos Fernandes Burity Gaspar nasceu em Luanda, no dia 14 de Novembro de 1952, e viveu parte da adolescência no Moxico onde integra, em 1968, a formação pop–rock “Cinco mais um”, com Catarino Bárber e José Agostinho, o último do Duo “Missosso, com Filipe Mukenga.
No início dos anos 70, torna-se figura de cartaz na Sede Social de S. Paulo, importante centro cultural e de recreação da cidade de Luanda, alinhando, como vocal, em agrupamentos musicais consagrados como os Kiezos, Negoleiros do Ritmo, África Show e Águias-reais.
Em 1976 lança o disco “Especulador”, um tema de pendor satírico que marcou a sua entrada no universo da música de intervenção. Em 1991 lança o álbum “Carolina”, com os temas “Uabite Boba”, “Maria”, “Alukaze”, “Narciso” (de Mamukueno), “Carolina”, “Monami”, “Adeus” (Filipe Zau) e Kilundo (Filipe Mukenga).
Em 1994 surge com o “Angolaritmo “, que aparece sob a forma de CD, pela editora VIDISCO, com o título “Ilha de Luanda”.
Carlos Burity tem ainda publicados os álbuns “Wanga”, “Ginginda”, “Massemba”, “Zuela o Kidi”, “Paxi Iami” e Malalanza.