A cooperação cultural entre Angola e a Itália nas vertentes de formação, arquivos, bibliotecário e museológico, dominou nesta quarta-feira (6), em Luanda, a audiência concedida pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, ao embaixador italiano no país, Claúdio Miscia.
Angola e a Itália mantêm um acordo bilateral de cooperação cultural, técnico e científico assinado em 2002 e ratificado formalmente por Angola a 13 de Agosto de 2007.
Durante a audiência, a ministra Carolina Cerqueira destacou a necessidade de os dois Estados reforçarem os laços de cooperação com acções de promoção da cultura nos respectivos países, de intercâmbio, a troca de experiência, bem como a formação de quadros.
A ministra apontou ainda as áreas de restauração e valorização do património histórico-cultural, com particular realce para a vertente do património religioso em que a Itália conta com uma larga experiência.
Por seu turno o diplomata italiano, que falava à Angop no final da audiência, manifestou a disponibilidade do seu país reforçar a cooperação com Angola, ajudando nas acções ligadas a valorização, divulgação e preservação da cultura angolana.
Claúdio Miscia solicitou o apoio de Angola para a elevação da candidatura apresentada pelo seu país à Unesco a património mundial e para a adesão, como observador, na CPLP.
Segundo o diplomata, a Itália tem um interesse particular na sua adesão a CPLP, apresentando como argumento o facto de mais de 500 mil italianos terem ligações com a comunidade, por terem nascido em países da CPLP ou serem descendentes, concretamente do Brasil, ter o português como língua curricular de ensino em 25 universidades, 11 cátedras, entre outras acções.
O embaixador, que aproveitou ainda a oportunidade para convidar Angola a participar na edição 2018 da Trienal de Milão, destacou o facto de os dois países manterem laços de cooperação e amizade de longa data.
A Itália foi o primeiro país europeu a reconhecer Angola após a independência a 11 de Novembro de 1975.