Por: Ivanine Silva
O actor angolano Tony Frampênio, vai lançar no dia 6 de Julho, a partir das 16horas, na sede da União dos Escritores (UEA) em Luanda, ás obras “ A raiva”, “A grande questão”, e “Teatro tarimba”.
Trata-se das primeiras obras do autor depois de as ter publicado em palcos teatral e em DVD, agora em livro retratando problemas Pilítico, Economico, Social e Cultural do país.
Em declaração ao Notícias de Angola Tony Frampênio, disse que este é resultado de muito trabalho em quanto actor de teatro e encenador.
Para o autor, o teatro ganha com esta iniciativa, pois não é praxe o lançamento de obras dramáticas em livro e tão pouco se fazem estudos sobre teatro que versam a nossa realidade.
Historial das obras
A RAIVA
De forma satírica, jocosa e mordaz, a raiva aborda o fenómeno da probreza em Angola. Depois da guerra civil que se deu no país, principalmente pelo reacendimento deste facto, em 1992, Luanda assistiu ao êxodo populacional numa altura em que a Capital não estava preparada infraesturalmente para dar resposta a tanta demanda e crescimento demográfico. Este fenómeno trouxe consigo muitas consequências conjunturais; a corrupção, o nepotismo, a dilinquência juvinil, desestruturação de várias famílias e a pobreza.
A raiva, passa então a ser, um estado psicoemocional de comportamento da população em Luanda, que viveu, e ainda vive, um histórico dramático pós-colonial e pós-guerra civil, que se caracteriza na heterogeneidade cultural dos povos de Angola.
A GRANDE QUESTÃO
Em clave humorística, a grande questão é a voz do Povo angolano que vive sob todas as indigências sociais que o País lhe apresenta, particularmente a cidade de Luanda, a capital de Angola. Apesar disso, o próprio Povo é levado às barras do Tribunal para ser julgado de actos que desconhece ter praticado. Em frente a Capital, o Povo é interrogado por, aparentemente, não amar a sua bela (?) cidade.
TEATRO DA TARIMBA
Estética da Companhia de Teatro Horizonte Njinga Mbande É um estudo científico, fruto da licenciatura de Tony Frampênio no curso de teatro na Faculdade de Artes. É um manual de análise crítica da arte no contexto angolano. Nesta obra, o autor coloca na mesa a sua visão sobre o teatro que se faz no País e a sua função social, tendo como modelo comparativo a Companhia Horizonte Njinga Mbande, agremiação mais antiga, actualmente em exercício.
A explicação a qual o autor fundamenta sua tese, está no determinismo social; segundo o qual, o meio e o contexto determinam a condição do objecto.