Especialistas defendem maior partilha de conhecimento na detecção do cancro
Notícias de Angola – Os especialistas angolanos e portugueses, defenderam maior partilha no conhecimento sobre a detecção precoce do cancro, confirmação de diagnóstico, tratamento e melhoria de vida dos pacientes.
Durante a conferência de Oncologia, intitulada “O Estado da Arte do Tratamento do Câncer em Angola”, que ocorreu na última quinta-feira, em Luanda, o director do Instituto Angolano de Controlo do Câncer (IACC), Fernando Miguel, disse que o estado da arte do tratamento do cancro em Angola avançou 85% dos cerca de 1500 pacientes que acodem ao IACC, chegam já em estádio avançado da doença.
Por: Amilton Victor
Fernando Miguel afirmou, que o IACC traçou a estratégia do governo angolano para disseminar serviços de oncologia em todo o país.
Para o efeito, o responsável explicou existir apenas uma instituição, o IACC em Luanda, que aborda de forma integral a patologia oncológica, e que conta com os três pilares de tratamento oncológico, o tratamento sistémico onde se incluem a quimioterapia, tratamento local a cirurgia e a radioterapia.
Ainda no domínio da formação, Nilton Rosa, Chefe de Departamento de Ensino e Pesquisa do IACC, avançou que a instituição conta actualmente com 33 profissionais em formação, dos quais 24 estão no exterior e 9 em Angola.
Conforme ainda o responsável “o IACC tem o Programa de Educação Contínua em Oncologia (PECO), que promove subespecializações em oncologia clínica, cirurgia oncológica, oncologia pediátrica e radioterapia em instituições parceiras no Brasil e em Portugal.
Por seu turno, o Presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos de Angola, Paulo Salamanca, na sua intervenção, alertou a existência de tabu sobre o cancro .
No seu entender, quando detectado, torna-se um segredo de família, a estes factores ocultam a história familiar oncológica e fazem com que a sociedade pense que o cancro não existe entre nós, explicou.
Enquanto que, Guilherme Vilhais, Especialista em Oncologia médica dos hospitais da CUF, apelou à maior colaboração entre Portugal e Angola, aproveitando as novas tecnologias.
O Instituto Angolano de Controlo de Câncer (IACC) detecta, a cada ano, 1500 novos casos de tumores malignos, sobretudo de mama, colo do útero, linfomas e sarcoma de Kaposi. Face a esses dados, os oncologistas alertaram que “os números são altos, mas estão muito aquém da realidade.
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