Presidente apela ao cumprimento das medidas de biossegurança
Redacção NA
João Lourenço dirigiu uma mensagem de fim de ano, na qual ressaltou não ser momento de relaxar, apesar de se estar a vislumbrar uma luz de esperança no horizonte, conforme noticiou o Jornal de Angola.
O Presidente da República, João Lourenço, exortou, ontem, os angolanos a não baixarem a guarda em relação ao cumprimento das medidas de prevenção contra a pandemia da Covid-19, até que, pelo menos, uma parte considerável da população seja vacinada.
Dirigindo-se aos angolanos, na tradicional mensagem de fim de ano, o Chefe de Estado disse não ser momento de relaxar, apesar de se estar a vislumbrar já uma luz de esperança no horizonte.
João Lourenço alertou que, não obstante o ano de 2021 trazer a tão esperada vacina, ela só será eficaz se, ao mesmo tempo, “conseguir-mos manter muitos dos bons hábitos que a pandemia nos levou a praticar com maior sentido de responsabilidade”.
“ Emb ora tivéssemos suportado cerca de 11 meses de sofrimento e privações, reiteramos o nosso apelo no sentido de mantermos, com rigor, as medidas de biossegurança respeitadas desde o início da pandemia, como o distanciamento social, o uso permanente e correcto da máscara, higienização constante das mãos, o evitar aglomerações, festas e outras,
até que uma parte considerável da nossa população seja vacinada”, apelou.
Trabalho árduo em 2021. O Presidente da República salientou que o novo ano que
começa será, também, de trabalho árduo, durante a qual todos deverão trabalhar com mais determinação, de forma mais abnegada e organizada, para se obterem os melhores resultados naquilo em que se empenharem fazer.
João Lourenço disse esperar que 2021 venha a ser o ano da retoma económica, em que se poderá, finalmente, vir a assistir ao levantamento das cercas sanitárias, da retoma dos voos comer-ciais internacionais de passageiros , reabe rtura e revitalização do turismo, regresso às actividades desportivas e culturais com a presença do público, das conferências nacionais e internacionais presenciais, bem como do regresso a uma situação muito próxima da
considerada como normal.
“Vamos chegar lá, mas com todas as cautelas recomendadas, para não voltarmos a uma situação pior do que a que vivemos hoje”, exortou.
O Chefe de Estado referiu que este ano não foi bom, nem generoso para com ninguém, na medida em que causou muito sofrimento e prejudicou a vida familiar e profissional de todos e de economias de todos os países e provocou dor e o luto a milhares de famílias pelomundo fora.
Na história dos povos e das nações, disse, os anos não são iguais, sendo que alguns trazem consigo muita prosperidade, mas outros arrastam guerras devastadoras, catástrofes naturais ou, ainda, pestes, endemias e pandemias que ceifam milhares de vidas à escala planetária, como foi o caso de 2020.
“Por isso, gostaríamos imenso que não fosse apenas o ano de 2020 a ficar para trás, mas que a pandemia a ele associada, a Covid-19, também passasse a partir de hoje a pertencer ao pas-
sado”, realçou.
Lamentavelmente, prosseguiu, apesar de todo o esforço da comunidade científica mundial, não será nos próximos dias que a humanidade ficará protegida do vírus SARS COV 2, mas , ta lvez , dentro de meses ou mesmo mais, com a utilização, em massa e de forma gratuita, da vacina produzida por renomados laboratórios mundiais.
Palavra de conforto às famílias enlutadas
A todos os angolanos que perderam entes queridos ao longo de 2020, por doença, acidente de viação, vítimas de homicídio, violência doméstica ou quaisquer outras causas de morte, o Presidente da República endereçou uma palavra de conforto.
João Lourenço estendeu, igualmente, uma palavra de conforto e votos de rápidas melhoras aos angolanos que se encontram acamados ou hospitalizados, aos reclusos, por se encontrarem numa condição que não lhes permite passar esta quadra festiva no convívio familiar.
O gesto foi extensivo aos militares aquartelados ou em missão, aos policiais e bombeiros, ao pessoal médico e para-médico, trabalhadores das sondas do sector petrolífero, pilotos das companhias aéreas e a todos os outros profissionais que, por dever do ofício, estão impedidos de compartilhar com as respectivas famílias.
“Os nossos agradecimentos pelo alto sentido de responsabilidade e espírito de missão demonstrados”, reconheceu.
O Chefe de Estado dirigiu, também, uma palavra de encorajamento, e de esperança a todos os angolanos que, fruto da conjuntura criada pela pandemia da Covid-19, perderam negócios , viram empresas encerrar ou perderamempregos. João Lourenço disse que 2021 será um ano melhor, de refazer os projectos da vida pessoal, familiar e profissional.
“No meu nome pessoal, da minha família e do Executivo angolano, desejo a todas as famílias angolanas, em Angola e na diáspora, e a todos aqueles que, não sendo angolanos, partilham connosco os bons e maus momentos de cada dia. Boas Festas e um próspero AnoNovo”, concluiu.
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