Falta de gestão de conteúdos nas plataformas digitais provoca redução nas vendas de produtos
Por: Bernardino N’gola
A ineficácia da gestão de conteúdos nas plataformas digitais de comunicação das empresas causa falta de conectividade para a marca e redução nas vendas.
A reputação da marca é uma avaliação que como a imagem das instituições, decorre das percepções do público-alvo da instituição e das pessoas individualmente, mas diferente da imagem, ela é menos fluída e, é construída num prazo maior de tempo, mas poucas chegam a ter uma reputação, porque essa é resultado de um processo mais demorado de interação em ambiente offline e online.
KOTLER e KELLER, em Administração de Marketing, 2012. “A marca é um atributo intangível que serve para diferenciar produtos de um mesmo segmento, desenvolvidos para a mesma necessidade”. América Marketing Association (AMA), define a marca como um nome, termo, sinal, símbolo ou designer, ou uma identificação de todo isso, destinado a identificar os bem e serviços de um fornecedor ou de um grupo de fornecedores, para diferencia-los dos outros concorrentes. Uma marca é, portanto, um bem ou serviço que agrega dimensões que de alguma forma, o diferenciam de alguns produtos desenvolvidos para satisfazer a mesma necessidade.
As empresas ao estarem presente no ambiente online, devem primar pela elaboração e implementação de estratégias de marketing digital de conteúdos e, concomitantemente a simbiose de sinergia de áreas de decisão da empresa que produzem informação.
A gestão de conteúdos nas plataformas digitais de informação e comunicação é apanágio do marketing digital, por ser quesito que visa gerar conectividade para a marca junto do público-alvo da instituição, sem descurar a perspectiva do aumento na venda de produtos de bens e serviços. O objectivo fulcral deste artigo de opinião, consubstancia-se em apresentar aos leitores e gestores das empresas públicas e privadas a pertinência da gestão de conteúdos nas plataformas digitais de informação e comunicação das organizações, também considerado como jornalismo da marca e, de edição da marca para cria conexão para impulsionar “leads”, interação instantânea entre a instituição e público-alvo.
Se recuarmos no tempo em busca da realidade em Angola, podemos notar de forma clara as evidencias da ineficácia da gestão de conteúdos nas plataformas digitais de informação e comunicação institucionais.
Todavia, apresentamos como paradigma o caso de uma publicação do Jornal Expansão, 22 de Fevereiro 2017, mencionava que “cerca de três dezenas de ministérios, menos de metade dos órgãos oficiais actualizam regularmente os seus sites (…). Há sites que não são actualizados há três anos”. Porém, diante desta informação, acreditamos piamente que existe falta de implementação da estratégia de gestão de conteúdos, nalgumas plataformas digitais de informação e comunicação das instituições pública do Estado. ADOLPHO, Os 8 Ps do Marketing Digital, 2016, “O grau de actividade do consumidor é facilitado em muito pelas redes. Ele tem os meios para exercer a sua actividade e influenciar pessoas, mesmo que estejam muito distantes dele e, além disso, conta com as redes para fazer com que a sua informação rapidamente passe de grupo em grupo de redes densas para redes densas”. KOTLER, KATAJAYA e SETIAWAN, Mudança do Tradicional para o Digital, 2017, “De uma forma resumida, o marketing de conteúdos é uma abordagem de marketing que envolve a criação, organização, distribuição a ampliação de conteúdos de interessantes relevantes e uteis para um grupo de audiência claramente definido afim de criar conversa sobre esses conteúdos”.
Se elencarmos as teorias apresentadas pelos autores, facilmente deduzimos a pertinente da gestão dos sites oficiais e páginas do facebook dos organismos públicos e privados em Angola. Porém, os pressupostos da gestão de conteúdos, unificado na estratégia para criação de conteúdos de cariz informativo e comercial, consubstanciados na missão, visão e valor da instituição, se tornam eficazes quando haver uma minuciosa organização dos signos e significados do emissor para o receptor, periodicidade na actualização e distribuição das informações nas plataformas de informação e comunicação institucional.
Quando temos uma gestão eficiente de conteúdos nas plataformas de informação e comunicação das instituições públicas ou privadas, quem ganha é a sociedade que fica cada vez mais informada sobre as perspectivas e realizações que a instituição realiza em beneficio do seu público-alvo.
Concomitantemente ganha também a classe académica e a mídia que deixam de obter informações ambíguas como resultado das fontes oficiais que não actualizam periodicamente as informações nas respectivas plataformas de informação e comunicação institucional.
Perfil
Bernardino Gaspar N’gola – É mestre em Ciências da Comunicação Marketing e Publicidade, Licenciado em Ciências da Comunicação, pela Universidade Independente de Angola (UNIA), especialista em marketing e comunicação empresarial e especialista em disigner gráfico.
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