Amadeu Cassina: Desafios para a produção jornalística
POr: Amadeu Cassinda
Neste período em que a fertilidade para reformas atingiu o “pico”, os media devem rever os critérios de selecção para a constituição dos painéis de programas de análise, debate e entrevista sobre diferentes assuntos de interesse público.
Os media, há muito têm promovido a personalidade do “sabe tudo”. Ninguém sabe tudo. É preciso dar espaço às bocas autorizadas para falarem sobre temas que dominam, sobre temas inerentes as suas áreas de formação. É necessário sair da superficialidade das análises.
O motor para implementação deste desiderato é a produção, pois a produção jornalística é “decisiva na construção de sentido das mensagens mediáticas, na medida em que as fontes de informação e o público influenciam os conteúdos, directa ou indiretamente. Como espaço de mediação, o jornalismo reproduz, mas também produz, acontecimentos” (CARDOSO, 2008, p.3).
A valorização do capital humano é uma das prioridades do actual governo e os media no âmbito da responsabilidade social sob a trilogia informar, FORMAR e entreter, não devem “passar de largo” para a concretização deste quesito.
Os meios de comunicação social ajudam a estruturar a imagem da realidade social a longo prazo, organizando novos elementos dessa imagem para a formação de opiniões e crenças novas (idem).
Corrigir o que está mal e melhorar o que está bem não é só responsabilidade do executivo, é também responsabilidade dos media, é, sobretudo responsabilidade de cada um. Mas, na Sociedade da Informação os media têm uma responsabilidade quase que impossível de mensurar.
Amadeu Cassinda – é Licenciado Jornalismo pelo Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola (IMETRO), Deu voz ao programa Mais Comunicação, da Emissora Metodista de Angola (Rádio Kairós). Actualmente trabalha no Gabinete Comunicação Institucional da Imobiliária Imogestim.
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