Bonga cai nas mãos de Riquinho que revela segredos fortes sobre o artista
“Eu não sou hipócrita e não gosto de fingir. Pela idade que o Bonga tem, 75 anos, já deveria ter juízo”, foi com estas palavras que o conceituado organizador de evento, Riquinho, começou por caracterizar o artista Bonga, durante a rubrica 5 Estrelas do programa A Tarde é Nossa, da Tv Zimbo, apresentados por Igor e Zuleica.
“Quem abriu as mãos ao Bonga, quem o tirou da Jamba sou eu. Bonga foi cantar para a Unita, para o Savimbi. Ninguém ousava tira-lo da Jamba. Ningúem! Eu trouxe-o. Eu fui chamado pelos serviços de segurança, fui chamado em tudo que é sítio”, continuo Riquinho, mostrando-se desiludido pelo artista, embora lhe reconhecesse as qualidades enquanto artista.
Riquinho disse que fez um grande show com o Bonga em Carl Max, mas fruto da sua situação politico partidária, não apereceu no espetáculo, membros do governo nem sequer um director nacional, porque, explica, quem fosse àquele espetáculo, provavelmente no dia seguinte poderia ser demitido.
“Bonga, naquela altura, era o maior inimigo do governo. Eu reconciliei Bonga com Angola. Eu reconciliei Bonga com o MPLA. Depois das polémicas de que ele pertencia a Unita eu trouxe-o para a campanha do MPLA”, afirma Riquinho.
Para o Riquinho, Bonga tinha uma afeição pela Unita e gostava tanto de Savimbi.
“Trazer Bonga naquela altura era quase que impossível. Levei Bonga ao Palácio. Foi recebido pelo presidente. Arrisquei a minha vida por ele por patriotismo, porque é um grande nacionalista é um grande músico. Trouxe-o 10 vezes à Angola”, justificou Riquinho, respondendo à pergunta dos apresentadores.
Riquinho justifica
Fruto da nova era de governação em Angola, Bonga integra o pacote de agentes culturais condecorados pelo presidente da República, João Lourenço.
De acordo com Riquinho o artista tinha motivo para lembrar que um dia houve um angolano que o ajudou.
“Não dou 5 estrelas porque Bonga esteve cá a dias. Para quem lhe fez tudo isso. Quem lhe levou ao maior espetáculo da vida dele, que foi a campanha do MPLA, para quase 1 milhão de pessoas no Zango.
Quem lhe levou para Caxito. No mínimo, hoje, deveria dizer que se hoje eu estou vivo é porque houve um angolano. Não reconheceu quando esteve cá e ainda falou mal de mim. Como músico é bom, mas não dou 5 estrelas”, rematou Riquinho.
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