Os baixos salários, falta de preparação dos jovens bancários e os problemas ligados à família, têm sido factores promotores do desencaminhamento de dinheiro em bancos, particularmente das contas dos clientes, e outros comportamentos socialmente reprováveis de trabalhadores bancários, noticiou a ANGOP.
A apreciação é do coordenador da comissão instaladora da Ordem dos Bancários de Angola (OBA), José Celestino da Silva, falou a propósito da proclamação da organização prevista para dentro de 90 dias.
José Celestino da Silva defendeu que o sector bancário deve focar-se na sensibilização e formação dos seus quadros, particularmente dos jovens bancários para não caírem em situações socialmente reprováveis. Reconheceu que existe no país muitos trabalhadores bancários detidos e presos por práticas fraudulentas.
Para contrapor tais situações, segundo a fonte, a agremiação, quando for constituída formalmente, vai trabalhar na promoção socioprofissional, segurança social, relações de trabalho, defesa de ética, deontologia e qualificação profissional dos bancários a fim de assegurar e fazer respeitar os direitos dos quadros técnicos bancários, além da qualidade da formação.
Por outro lado, manifestou a sua preocupação em relação à situação económica e financeira no país, numa altura em que se exige do sector bancário maior dinâmica, tendo em conta a inflação e consequentemente a desvalorização da moeda nacional, motivada pela escassez de divisas.
Em relação à Ordem, disse que mais de 20 membros da banca do país estão a trabalhar na sua criação para funcionar como parceiro estratégico do Estado e promover a melhoria das condições exigidas dos serviços bancários.
OBA vai emitir a cédula profissional e promover a qualificação profissional dos técnicos bancários pela concessão de títulos de diferenciação e pela participação no ensino pós-graduado, mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos dentro e fora do país.
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