O coordenador Nacional de Programa de Luta Contra a Malária, José Franco Martins, informou na última semana, em Luanda, que de acordo com dados comparativos do primeiro trimestre de 2017, em relação ao do corrente ano (2018), a malária no país regista um gráfico ascendente, ou seja, existe uma tendência de aumento da mesma.
O coordenador falava nesta sexta-feira à imprensa, no final da dissertação sobre a malária em Angola, na Formação de Formadores sobre a Comunicação para a Mudança de Comportamento, para agentes de saúde pública, a nível do país, promovido pelo Fundo Global, que decorre de 29 a 30 deste mês.
Sustentou que o aumento de casos registou-se em quase todas as províncias do país, e em algumas em proporção maior que as outras, sobretudo as províncias de Benguela, Huambo, Uíge, Bié e Cuanza Norte.
Sublinhou que os números tendem a subir, visto que a malária aumenta no período chuvoso, a deterioração do saneamento do meio, algumas limitações nas intervenções de controlo, algumas roturas de produtos de combate a vectores.
Enfatizou a necessidade de se estender a luta antí- vectorial para mais 10 províncias, uma vez que já foi elaborado um plano estratégico para essa extensão, sobretudo às províncias que não foram contempladas, nomeadamente Luanda e Huambo.
Quanto ao tratamento, referiu que está-se a trabalhar, sobretudo nesse período que os casos diminuem.
A malária contribui como um peso maior para alta taxa de mortalidade infantil e infanto juvenil que se regista no país e tem atacado de forma directa as mulheres e principalmente em mulheres grávidas.
A formação de formadores tem como objectivo específicos capacitar os participantes, divulgar o plano estratégico e reforçar a comunicação para a mudança de comportamento sobre a malária no país.
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