Início do ano académico atrasa e estudantes reiteram pedido de ajuda
Por: Ivanine Silva
Mais uma vez, a semelhança do que já havia acontecido, a nossa equipa voltou a entrar em contacto com os estudantes angolanos na China, que demonstraram-se descontentes pela falta de ajuda do governo angolano, já que segundo estes, a situação vai se tornando cada vez mais periclitante e houve um adiamento no início do ano académico.
O estudante, Luís Leite, voltou a pronunciar-se e mais uma vez foi o rosto da insatisfação daqueles estudantes, que sem grandes meios e com tantas dificuldades, buscam formas de sobreviver, já que segundo este, o início do ano académico foi adiado, sem qualquer data prevista retomar.
“Tiveram que adiar o ano e ainda não se sabe quando vai começa e por esta situação, estamos a estudar via online, as matérias são enviadas num site e estudamos a partir do mesmo”, revelou o estudante.
Movidos pela insatisfação e pelo desejo de voltar para a casa e estar em segurança, os estudantes recorreram aos vídeos e áudios por intermédio dos quais têm conseguido se fazer ouvir e utilizaram como exemplo, as recentes acções de retirada de estudantes da China para os seus países, levadas a cabo pelos respectivos governos, já que nada justifica manter os estudantes naquele país, numa altura em que as aulas decorrem via online.
Outras duas estudantes, cujas identidades serão preservadas, descrevem a situação como aterrorizante, sendo que segundo estas, não podem deslocar-se para qualquer outro local e o coronavirus já chegou as áreas que circundam lugar em que estão actualmente abrigadas.
Por outro lado, as estudantes referem que aguardam por outras reacções da embaixada, uma vez que, as únicas respostas que recebem, é que devem aguardar.
“Assim como os estudantes dos outros países tiveram a graça de serem retirados daqui e colocados em quarentena, nós estamos dispostos a fazer qualquer sacrifício, não podemos esperar que alguém seja contaminado para se fazer alguma coisa”, apelaram as estudantes.
Por sua vez, o Ministério da Saúde, adoptou recentemente medidas de prevenção contra o coronavirus, que deveram ser válidas sobre tudo para pacientes provenientes da China, sendo que estes serão mantidos em quarentena até um diagnóstico definitivo.
Agastados com a situação que vivem e com o pouco apoio das autoridades angolanas, os estudantes, reiteraram o seu desejo de voltarem à Angola, tal como alguns dos seus compatriotas e colegas, que por meios próprios conseguiram deixar a China.
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