Economia Azul: Pesca industrial, Aquicultura e Turismo costeiro, entre os sectores que pouco cresceram em 2024.
Notícias de Angola – A pesca industrial, aquicultura, transportes marítimos, turismo costeiro, o sal e a biotecnologia são os sectores da “economia azul” que registaram uma queda significativa de cerca de 5,1 mil milhões de dólares, equivalentes apenas a 3% do PIB nacional, em 2024.
Por Amilton Victor
A inf ormação foi avançada esta Sexta-feira, em Luanda, pela Ministra das Pescas, Carmen do Sacramento Neto dos Santos, durante a Quinta Conferência Economia e Mercado que abordou “Economia Azul – Financiamento e Valorização do Cluster do Mar”.
Segundo a responsável, o sector das pescas fechou o ano transato, com 540 mil toneladas, se comparado ao ano de 2023, onde a produção atingiu 521.379 toneladas, registando um aumento de cerca de 9% em relação a 2022.
O sector agrícola produziu mais de 12 mil toneladas, com destaque para a província do Uíge, seguida das províncias de Benguela, Huambo e Quanza sul.
Relativamente à produção de sal, o país registou um cifra de 210 mil toneladas em 2024, com destaque para a província de Benguela, como a grande e principal produtora.
Já no sector da transformação, o peixe seco subiu para 31 mil toneladas, refletindo o fortalecimento das cooperativas femininas que são normalmente as responsáveis por este processamento.
Para o comércio internacional, a governante apontou a exportação de cerca de 20 mil toneladas em 2023 (estimado em 60,9 milhões de dólares), comparadas com as 22 mil toneladas (valor aproximado de 65 milhões de dólares) exportadas em 2022. Entretanto para 2024, as importações caíram para cerca de 1.900 toneladas.
Apesar do baixo crescimento registado, Carmen do Sacramento Neto dos Santos apontou algumas “conquistas assinaláveis e desafios a superar”, para que Angola se consolide como uma potência marítima regional.
“Entre os principais desafios, destaca-se a pesca ilegal que pode gerar perdas até 500 milhões de dólares ano”, disse.
Portanto, o contributo ainda insuficiente do turismo costeiro, a necessidade de um maior investimento em infraestruturas modernas de transformação, assim comio a conservação e comercialização e a existência de alguns processos administrativos que ainda carecem de simplificação, estão entre os vários desafios do sector.
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