Construção 3D e normalização de materiais marcam Sika Summit Angola 2025

Notícias de Angola – A inovação tecnológica e a necessidade urgente de normalizar padrões de qualidade dominaram a 4.ª edição do Sika Summit Angola 2025, realizada no dia 17 de Outubro, nas Galerias Isabel Fançony, em Luanda. O encontro, promovido pela Sika Angola, reuniu mais de 500 profissionais do sector da construção civil, entre engenheiros, gestores e estudantes, num fórum dedicado à inovação, sustentabilidade e regulação do mercado.

Durante o evento, o director-geral da Sika Angola, Ricardo Rocha, destacou que o país atravessa um momento de viragem na forma como encara a qualidade construtiva, sublinhando que “o número de inscritos superou as expectativas e mostra que há um interesse real na normalização”. O responsável defendeu que a melhoria da qualidade deve ser o principal objectivo da indústria, acrescentando que as empresas nacionais começam a reconhecer que qualidade e durabilidade são tão importantes quanto o custo.

Ricardo Rocha salientou também o avanço da construção com impressão 3D, que já é uma realidade no país. “Temos empresas nacionais a produzir casas em 3D — um feito que nos deve orgulhar, não apenas como inovação local, mas como parte de uma revolução global”, afirmou, defendendo que as novas tecnologias podem reduzir os custos de habitação e elevar os padrões de durabilidade e eficiência.

O programa do Sika Summit integrou quatro workshops técnicos focados em sustentabilidade, escolha de materiais, inovação e controlo de qualidade, traduzindo conhecimento técnico em soluções práticas para o mercado. As sessões formativas visaram actualizar práticas de engenharia e incentivar a integração de novas ferramentas no processo construtivo.

Na parte da tarde, dois painéis de debate abordaram o papel da normalização e da regulação num sector ainda marcado por assimetrias e dependência de importações. Moderado pelo economista Carlos Rosado de Carvalho, o painel principal reforçou a importância de um quadro regulatório claro e de maior aposta na produção nacional de materiais certificados.

Segundo o director-geral da Sika, fortalecer a indústria local é fundamental para reduzir custos e aumentar a competitividade. “Se consumirmos mais produtos produzidos em Angola, as fábricas vão trabalhar com maior capacidade e o custo da produção desce. As nossas indústrias já produzem com qualidade e merecem a confiança do mercado”, destacou.

O Sika Summit Angola 2025 consolidou-se, assim, como uma das principais plataformas de inovação técnica e networking do sector da construção no país. O evento terminou com um consenso entre especialistas: o futuro da construção angolana dependerá da combinação entre inovação tecnológica, regulação eficiente e aposta na produção local.

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