BNA corta reservas obrigatórias aos bancos comerciais

O Banco Nacional de Angola  reduziu de 30 para 21% o coeficiente de reservas obrigatórias aplicadas a depósitos dos clientes dos bancos comerciais, em moeda nacional, uma das medidas com que pretende travar a subida da inflação.

Segundo informação do banco central a que a Lusa teve hoje acesso, a decisão foi tomada em reunião do Conselho de Política Monetária (CPM), realizada na quinta-feira, e envolve igualmente o fim da obrigação dos bancos comerciais de constituir cativos em moeda nacional para poderem comprar divisas ao BNA.

“Adicionalmente, decidiu pôr termo à obrigação dos clientes dos bancos comerciais de constituir cativos em moeda nacional como condição prévia para a compra de moeda estrangeira”, refere a mesma informação do BNA, as primeiras medidas de fundo tomadas pelo novo governador, José de Lima Massano, nomeado para o cargo, no final de outubro, pelo Presidente da República, João Lourenço.

Apenas as contas do Governo central, dos governos provinciais e das administrações municipais mantêm a obrigatoriedade de um coeficiente de 30% de reservas obrigatórias no BNA dos depósitos em bancos comerciais.

Angola vive uma grave crise financeira e económica, decorrente da quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional, situação que se reflecte ainda na falta de divisas no país, o que dificulta nomeadamente as importações, provocando várias restrições na gestão de moeda estrangeira.

Só desde Setembro de 2014, a moeda nacional angolana desvalorizou-se em mais de 40%, face ao dólar norte-americano, para 166 kwanzas para um dólar, à taxa oficial, muito longe dos valores do mercado paralelo, que ronda os 410 kwanzas.

O volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira dos bancos comerciais angolanos sob reserva do banco central recuperou ligeiramente em Outubro, para 994.231 milhões de kwanzas (5.069 milhões de euros), continuando em mínimos desde 2015.

Redacção

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