Por: Nambi Wanderley e Ivanine Silva
A venda de pescados num dos maiores mercados voltado ao comércio deste produto no país, o Mercado da Mabunda, tem sido marcada pelo desrespeito às medidas de protecção individual e pelos grandes aglomerados de pessoas, sobre tudo aos sábados.
Esta realidade, em que o perigo é constante e eminente, foi constatada neste sábado (25), pela equipa do Notícias de Angola, que esteve no local e apurou junto dos vendedores e frequentadores do mercado, que o incumprimento das medidas de prevenção contra a covid-19, têm sido rotina nos dias em que o espaço abre para as habituais vendas.
Teresa Walaca, vendedeira do mercado, explicou que alguns clientes teimam em não cumprir com as recomendações das autoridades sanitárias e que quando assim é, não aceita manter contacto com os mesmos.
Por seu turno, Henrique Pateji, cidadão que tirou o sábado para comprar peixe no na Mabunda, descreveu o incumprimento das medidas de biossegurança no mercado, como graves.
“Não se tem respeitado o distanciamento físico recomendado, as condições da venda do pescado não são das melhores, há água suja em todos os corredores e o Governo devia tomar novas medidas com relação a este mercado”, afirmou.
O frequentador do mercado, sugeriu que a administração do mercado, criasse medidas de segurança, deixando uma bancada livre e alargasse o mercado, para que houvesse mais espaço de formas a se respeitar o distanciamento.
Outra vendedora, Suzana da Silva, revelou que na sua bancada maior parte dos clientes usam máscaras, mas têm aparecido pessoas que não observam as medidas de prevenção, para estes, a vendedora tem exercido o papel pedagógico de sensibilização.
O Secretário Executivo do Conselho Municipal da Juventude da Cidade de Luanda, Alberto Dala, esteve no mercado da Mabunda, acompanhado por uma brigada, com o propósito de dar seguimento a segunda fase de campanha de sensibilização contra a covid-19. Para si, o sábado foi o dia com maior dificuldade, já que maior parte dos munícipes frequentam os mercados neste dia da semana e se observa maior enchente, o que obriga um maior esforço na mobilização.
Alberto Dala, lamentou o facto dos vendedores não cumprirem com as recomendações da administração do mercado, “houve um grande investimento por parte do Executivo, no mercado, mas as pessoas, insistem em vender fora, na praia, praticamente nas pernas do cliente, sem condições as mínimas de segurança”.
O mercado da Mabunda, existe a mais de 30 anos, é um dos maiores mercados de venda de peixe do país, nos últimos meses.