Notícias de Angola – Três artistas angolanos que integram a Galeria de arte Jahmek de Contemporary Art, vão representar o país na 60ª Bienal de Veneza, que acontece de 20 de Abril a 24 de Novembro deste ano.
Nesta edição os artistas Sandra Poulson, Kiluanji Kia Henda e Mónica de Miranda representam o país pela Jahmek Contemporary Art.
A artista Sandra Poulson destaca -se com a instalação onde o Asfalto Termina e a Terra Batida Começa, na Biennale College Art, que é um programa da bienal dedicado a jovens estudantes.
A artista angolana foi uma das quatro finalistas deste programa dedicado a jovens talentos menores de 30 anos, ao qual concorreram 150 artistas emergentes de 37 países. Conforme Kiluanji Kia Henda a sua participação na 60ª Bienal de Veneza, é um regresso. Este ano, Kia Henda apresenta no Arsenale, o pavilhão principal da Bienal, duas Séries fotográficas e a escultura “Espiral do Medo”, obra já exibida em Abril de 2022 na galeria Jahmek Contemporary Art.
Este ano Mónica de Miranda é uma das curadoras do Pavilhão de Portugal, em conjunto com Sónia Vaz Borges e Vânia Gala, com o projecto colectivo chamado “Greenhouse”, a artista, pesquisadora e directora artística angolana e a sua equipa propõem um espaço em forma de jardim-escola, que fomente encontros entre artes visuais, performance e investigação.
Para Mehak Vieira, fundadora da Jahmek Contemporary Art, “este é um momento histórico para a galeria e para o país” e um “motivo de orgulho e admiração”.
“Mesmo não tendo um pavilhão este ano na Bienal de Veneza, Angola destaca-se muito com esta participação”, le-se no documento.
Perfil do Artista
Sandra Poulson Vive e trabalha entre Londres e Luanda. Artista interdisciplinar, investigadora e praticante da moda. A sua prática discute a paisagem política, cultural e socioeconómica de Angola como um estudo de caso para analisar a relação entre história, tradição oral e estruturas políticas globais.
Kiluanji Kia Henda
Nasceu em Angola em 1979, vive e trabalha em Luanda. Kiluanji Kia Henda é um autodidacta, que explora a fotografia, o vídeo, a performance, a instalação e o objecto-escultura para materializar narrativas fictícias e deslocar os fatos para diferentes temporalidades e contendas.
Participou em vários programas de residência em lugares como Cidade do Cabo (2008), Veneza (2010), Amman (2013) ou Sharjah (2014). Em 2018, recebeu o Frieze Artist Award e, em, 2012 o Prémio Nacional de Arte e Cultura, atribuído pelo Ministério da Cultura de Angola. O seu trabalho figurou nas bienais de Veneza, Dakar, São Paulo e Gwangju, bem como em exposições colectivas em numerosas instituições.
Mónica de Miranda Vive e trabalha em Lisboa e Luanda. Artista, pesquisadora, curadora e directora artística, o seu trabalho é baseado em temas de arqueologia urbana e geografias pessoais.
Possui graduação em Artes Visuais pela Camberwell College of Arts (Londres, 1998), mestrado em Arte e Educação pelo Institute of Education (Londres, 2000) e doutoramento em Artes Visuais pela University of Middlesex (Londres, 2014) Mónica é também uma das fundadoras do projecto de residências artísticas Triangle Network e do projecto Hangar – Centro de Investigação Artística, ambos em Portugal.