A Total e as suas associadas anunciaram que tomaram duas decisões de investimento no Bloco 17, situado em águas profundas a 150 quilómetros da costa angolana, com vista a desenvolver campos satélites que serão conectados às infra-estruturas existentes que contribuirão rapidamente para a produção adicional de petróleo.
Num comunicado de imprensa tornado público, a propósito da inauguração no sábado (10) da unidade flutuante FPSO Kaombo Norte, situada no Bloco 32, com uma produção diária de 115 mil barris de crude/dia, a Total anuncia igualmente a intenção de continuar o seu programa de desenvolvimento no país, após o lançamento em Maio do projecto Zínia 2.
O Bloco 17, em desenvolvimento desde 1992, conta com quatro FPSO de exploração: Clov, Dália, PazFlor e Girrassol.
Deste modo, a companhia e suas associadas pretendem desenvolver o projecto CLOV Fase 2, que requer a perfuração de sete poços adicionais, com a previsão de entrada em produção em 2020 e com produção adicionar de 40 mil barris de petróleo/dia.
A Total vai desenvolver também o projecto Dália Fase 3, que requer a perfuração de seis poços adicionais, com a previsão de entrada em produção em 2021 e um plateau de produção de 30 mil de petróleo/dia.
O Zínia 2, o CLOV 2 e o Dália 3 permitirão desenvolver cerca de 150 milhões de barris de recursos adicionais para manter o “plateau” de produção do Bloco 17 acima dos 400 mil barris de petróleo/dia até 2023, aumentando deste modo a rentabilidade deste “prolífico” bloco, com mais de 2,6 mil milhões de barris já produzidos.
Tendo como concessionária a Sonangol, a Total é a operadora do Bloco 17, com 40 por cento de participação e tem como parceiros a Equinor com uma participação de 23,33%, a Exxon Mobil com 20% e a BP com 16,67%.
O Bloco 17 abrange cerca de quatro mil quilómetros, situados entre 150 e 270 quilómetros da costa de Angola. Esta área tornou-se num palco para uma aventura industrial única, com desenvolvimentos que fixaram parâmetros de referência globais para a indústria.
Entretanto, o Projecto Kaombo, inaugurado neste sábado (10) e situado a 260 quilómetros da costa de Luanda, no Bloco 32, a uma profundidade de cerca de dois mil metros, é o maior projecto de desenvolvimento em águas profundas de Angola.
A Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Crude), Kaombo Norte, entrou em produção em Julho último, com uma capacidade de produção de 115 mil barris/dia.
O início de produção da segunda unidade FPSO, Kaombo Sul, com a mesma capacidade, está previsto para o próximo ano e a produção global atingirá os 230 mil barris/dia no pico de produção e o gás associado será exportado para Angola LNG.
Um total de 59 poços serão conectados às duas unidades FPSO, ambas construídas a partir de navios petroleiros convertidos (Very Large Crude Carriers), através de uma das maiores redes submarinas do mundo.
Permitirá desenvolver os recursos de seis campos diferentes (Gengibre, Giindungo, Caril, Canela, Mostarda e Louro) numa área de 800 quilómetros quadrados na região centro e sul do bloco.
A Total opera o Bloco 32 com uma participação de 30%, ao lado da Sonangol P&P (30%), Sonangol Sinopec International 32 Limited (20%), Esso Exploration & Production Angola (Overseas) Limited (15%) e da Galp Energia Overseas Block 32 B.V. (5%).
Sobre a Total em Angola
Presente em Angola desde 1953, a Total é o maior operador do país, com uma produção estimada de 600 mil barris de petróleo/dia, produção que provém dos blocos 17, 14 e 0, bem como da Angola LNG.
A Total também é parceira nos blocos 14 (20%), 14K (36,75%), 0 (10%), bem como da Angola LNG (13,6%).
A Total contribui com mais de 40 por cento da produção global de Angola estimada em média em 1,5 milhões de barris de petróleo/dia.
NA/ANGOP