Por: Victória Pinto
Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, admitiu em conferência de imprensa, que o país corre o risco de registar um aumento acentuado de Covid-19, caso a população angolana não cumpra com as regras do estado de emergência decretado pelo Presidente da República.
Ao frisar a importância do cumprimento da regra de isolamento social, a ministra destacou que se a população não cumprir com tal medida, possivelmente o país assistirá a um aumento acelerado de infecções do novo coronavírus.
“Se não forem cumpridas as medidas que estão refletidas no estado de emergência, vamos correr o risco de, nos próximos 15 dias, ter um aumento acelerado de casos”, salientou Sílvia Lutucuta.
Angola registou até ao momento sete casos positivos de Covid-19, relactivos a viajantes que regressaram a Angola nas últimas semanas provenientes de Portugal.
A governante fez lembrar que até ao momento Angola só regista casos importados, acrescentando que se vive uma emergência de saúde pública para a qual todos os angolanos são chamados a colaborar.
“Podemos assumir que o país está em quarentena domiciliar o segredo é começar o isolamento, as pessoas cumprirem, fazer-se o rastreio em massa dos casos suspeitos e, assim que sejam detetados casos positivos, isolar, isolar e isolar, de forma a garantir que a cadeia de transmissão não seja tão rápida”.
A governante, também fez saber que o número de pessoas em quarentena institucional (atualmente são mais de mil) tem vindo a aumentar, devido a entrada de pessoas que foram interceptadas nas fronteiras terrestres e outras que foram identificadas a violar a quarentena domiciliar.
A ministra referiu igualmente que Angola está também a participar em trabalhos de investigação sobre o comportamento da doença, pois as comorbilidades (Presença ou associação de duas ou mais doenças no mesmo paciente)não são as mesmas dos quatro cantos do mundo. Em Angola, existe uma carga importante de doenças infecciosas endémicas, pelo que não se sabe como será o comportamento da covid-19 em conjugação com doenças como a malária , tuberculose e malnutrição.