Por: Victória Pinto
Aconteceu em Luanda, na Escola de Formação de Técnicos de Saúde, a abertura da cerimónia oficial da Formação/Capacitação dos profissionais de Saúde.
O evento que contou com a presença de entidades do Conselho de Direcção do Ministério da Saúde, seus respectivos chefes de Departamentos e distintas personalidades, tem como objectivo a melhoria da qualidade dos serviços assistenciais e do ambiente de trabalho nas unidades do sistema de saúde.
De acordo com a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, a formação será subdividida em dois momentos, formação/capacitação mais genérica para os profissionais em geral e outra mais técnica e específica para os gestores, supervisores, fiscalizadores e inspetores.
“Humanizar a saúde também significa que as mentalidades dos indivíduos, devem sofrer mudanças positivas, criando novos profissionais mais capacitados que melhorem o sistema da saúde”, destacou a ministra.
A mesma contará com 60 especialistas para ministrar diversos temas enquadrados em 11 módulos, nomeadamente: Ética Geral, Ética Especial, Serviço Social de Saúde, Gabinete do Utente, Higiene Segurança no Trabalho, Biossegurança, Determinantes Sociais de Saúde, Sistema de Referência e contra referência, Espaços religiosos e Espiritual nos Hospitais, Recursos Humanos em Saúde e Plataforma digital da Humanização Hospitalar e extra-hospitalar.
Paulo Luvualo, enfermeiro e bastonário da ordem dos enfermeiros de Angola, ressaltou que esse fórum será benéfico, porque irá diminuir um pouco a falta de humanização nos hospitais e será proveitoso para refrescar os conhecimentos daqueles profissionais que já estudaram a ética e a humanização na escola e também irá educar aqueles que nunca ouviram falar desses princípios.
Já a estudante da 10ª classe do curso de fisioterapia da Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda, Emiliana Soares, frisou que a actividade foi um grande incentivo para ela e os colegas.
“Está actividade mostra que a senhora ministra e a sua delegação estão preocupados com os futuros médicos e acredito que com essa formação os profissionais da saúde poderão melhorar o atendimento nos hospitais”.
Por outro lado, o Director do Departamento de Ética e Humanização do Ministério da Saúde, Gervásio André Pukuta, afirmou que de acordo com o 1º módulo da formação, Ética Geral, o problema da falta de humanização está no homem.
“Eu digo que o problema da falta de humanização está no homem, não no ministério nem nos profissionais da saúde. Se a pessoa a partir de casa não saber tratar ou estar bem com a família, é claro que vai entornar os seus problemas no hospital”.
Para fechar, a ministra Sílvia Lutucuta, fez o seguinte apelo: “Peço a todos os profissionais de saúde para que aproveitem o máximo possível os conteúdos que forem ministrados e que o conhecimento adquirido sirva verdadeiramente para a mudança das nossas atitudes e práticas”.