O Presidente da República, João Lourenço, regressou este domingo ao país, proveniente de Brazzaville, onde participou na primeira Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comissão Clima da Bacia do Congo.
No encontro, realizado domingo, em Brazzaville (Congo), o estadista angolano reafirmou o apoio à implementação das iniciativas para a preservação da Bacia do Congo e do ambiente no mundo.
“Tenhamos todos consciência de que as questões do clima e do ambiente implicam um esforço concertado e conjugado dos Estados membros da Bacia do Congo e do resto do planeta, para que de forma coordenada se faça uma gestão responsável dos recursos naturais, que são património de toda a humanidade”, referiu.
Na ocasião, garantiu que Angola tem se comprometido seriamente com o problema do clima, tornando parte dos fóruns internacionais aonde se discute e tomam decisões estratégicas fundamentais, para a preservação do ambiente a nível global.
No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o Chefe de Estado recebeu os cumprimentos de boas-vindas do vice-presidente da República, Bornito de Sousa, acompanhado de alguns membros do Executivo, o governador de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, diplomatas e quadros seniores do seu gabinete.
A delegação angolana ao evento foi integrada pelos ministros das Relações Exteriores, Manuel Augusto, do Ambiente, Paula Francisco Coelho, e altos funcionários da Presidência da República de Angola e dos dois ministérios.
A Cimeira abordou principalmente a questão da adopção de uma declaração sobre a operacionalização da Comissão Clima da Bacia do Congo e do respectivo “Fundo Azul”.
A Comissão Clima da Bacia do Congo é um organismo criado em Novembro de 2016, em Marraquexe (Marrocos), a fim de promover programas e projectos nas áreas da “economia azul”, ajudando a combater à pobreza entre as populações ribeirinhas e a atenuar os efeitos das mudanças climáticas neste espaço geográfico do continente africano.
A “economia azul” se baseia no aproveitamento dos recursos naturais, sem prejuízos aos ecossistemas, nem impactos nefastos as alterações climáticas.
A Comissão Clima da Bacia do Congo é uma emanação do primeiro acordo universal para luta contra as mudanças climáticas e o aquecimento global alcançado por 196 países presentes na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21), em Paris, capital da França, em 12 de Dezembro de 2015.
Com aproximadamente 220 milhões de hectares de floresta, a região da Bacia do Congo é o segundo pulmão ecológico do planeta, apenas superado pela Amazónia, na América do Sul, o seu território se estende por dez países da África Central, designadamente Congo, Gabão, República Democrática do Congo (RDC), Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana (RCA), Guiné Equatorial, Ruanda e Tanzânia.