Notícias de Angola – O presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola- Coligação Eleitoral ( CASA- CE), Manuel Fernandes, advogou nesta quinta feira a transformação da Comissão Nacional Eleitoral. ( CNE) num órgão independente.
Ao intervir numa conferência de imprensa em que foi aborda a situação política, económica e social do país, Manuel Fernandes. é da opinião que a CNE deve ser um órgão independente sem conotação partidária composta por personalidades com competência demonstrada em.diversos sectores da sociedade
” Criticados a postura negativa do MPLA, ao pretender violar a lei em não ceder na futura composição da CNE que do ponto de vista legal deve ocorrer apenas em 2026, assim que terminar o mandato dos actuais comissários que tomaram posse em 2021.
Com base aos resultados atribuídos nas últimas eleições o MPLA perde um comissário”, referiu.
Na ocasião acusou o partido no poder de violar a lei, tal como o fez na actual composição, tendo ficado injustamente com o comissário da CASA- CE.
De acordo com o político, ” hoje a fome tomou conta da esmagadora maioria das famílias angolanas não sendo visíveis os resultados da diplomacia económica com vista a inverter o quadro, por falta de estratégias capazes de propiciar um ambiente de negócios favorável para mobilizar investidores estrangeiros”.
Na óptica do líder da CASA- CE não há desenvolvimento económico de um país sem classe média capaz de corresponder com as obrigações fiscais do Estado através dos impostos directos e indirectos enquanto agente consumidor.
Ao se referir a justiça, Manuel Fernandes considera ser o momento de se proceder uma profunda reforma do Estado e da Justiça do país, afim de propiciar a verdadeira independência do poder judicial, olhando para o provimento dos cargos de juízes conselheiros, a autonomia da gestão financeira e a adesão para a magistratura judicial, seja para cidadãos maiores de 30 anos de idade e com experiência de cinco anos no mínimo do exercício da advocacia.
Questionado de como a CASA- CE pretende levar a cabo a necessidade de repensar Angola com o envolvimento de todos, Manuel Fernandes é da opinião que se deve optar por uma outra estratégia no que diz respeito ao repatriamento de capitais.
Salientou que ” muito dificilmente os países onde foram depositadas grandes somas de dinheiro repatriem estes valores para Angola, uma vez que os mesmos contribuem para a sua sobrevivência”.
Neste contexto, defendeu que o Estado Angolano faça acordo com os respectivos países a fim de que nenhuma das partes seja prejudicada.
A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral concorreu as eleições de 2022 não tendo eleito nenhum deputado ao contrário dos 16 eleitos em 2017.