A polícia Nacional, deteve nos últimos três meses, oito cidadãos sul-africanos que transportavam drogas, vindos do Brasil, com trânsito na capital do país, Luanda, com destino ao seu país de origem.
As substâncias foram ingeridas e transportadas em bagagens pelos referidos cidadãos que tinham como destino o país de origem, a África do Sul, o foco principal de consumo dessas substâncias.
Os traficantes, principalmente as mulas, têm utilizado várias rotas e Luanda tem sido uma delas e com alguma frequência, informou nesta quarta-feira, em Luanda, o director-geral do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Eugénio Alexandre.
Fez saber que a corporação angolana tem trocado informações permanentes com as congéneres sul-africana e brasileira, com o fim de suster actividades do género, deter ou responsabilizar criminalmente as pessoas visadas.
As autoridades policiais não estão satisfeitas com a simples detenção das mulas, o objectivo é chegar aos barões do negócio.
“Estamos em presença de um crime transnacional e, como tal, exige engajamento de todos os países e aqui a cooperação é muito importante e tem sido fluida”, declarou o responsável do SIC, órgão afecto ao Ministério do Interior.
Lembrou, ainda, que os 400 quilogramas de drogas apreendidos recentemente pela Polícia Nacional, no Porto de Luanda, eram provenientes do Brasil e tinham como destino Marrocos.
Aclarou que trabalham com profundidade com a polícia brasileira, marroquina e outras, para a obtenção de outras informações relevantes em relação ao caso.
O oficial comissário falava à imprensa à margem da reunião dos órgãos técnicos do subcomité de chefes de polícia do comité inter-estatal de Defesa e Segurança da SADC, que antecede a reunião anual do órgão, que se realiza na sexta-feira.
O subcomité permanente da SARPCCO está analisar a cooperação e troca de informações entre os países membros da região da SADC, para o combate às várias ilicitudes, nomeadamente o crime organizado, tráfico de seres humanos, crimes cibernéticos, entre outros.
O responsável do SIC considera positiva a cooperação, sendo que, anualmente, para além da troca de informações, as polícias das SADC realizam operações conjuntas, que tem permitido a apreensão de vários artigos roubados ou furtados nos países membros.