O parlamento catalão, dominado pelos partidos independentistas, aprovou hoje, quarta-feira (28), as resoluções em que pede a liberdade dos deputados presos e reivindica o direito de Carles Puigdemont a ser investido presidente do Governo regional.
As resoluções, que não são vinculativas e têm um cariz simbólico, reclamam a “colocação em liberdade imediatamente de todos os deputados e ex-deputados”
do parlamento que “estão privados da liberdade”.
Os partidos independentistas (Juntos pela Catalunha, Esquerda Republicana da Catalunha e Candidatura de Unidade Popular) votaram a favor e os unionistas
(Cidadãos, Partido Popular da Catalunha e Partido Socialista da Catalunha) contra.
Na posição tomada pelo parlamento, a instituição compromete-se a “adoptar todas as medidas necessárias para garantir” que os presos catalães “possam exercer os seus direitos políticos”.
Carles Puidgemont foi detido no domingo pela polícia alemã junto à fronteira com a Dinamarca no cumprimento de um mandado de detenção europeu emitido pela justiça espanhola.
Na sexta-feira da semana passada, o Supremo Tribunal espanhol acusou de delito de rebelião 13 separatistas pela sua participação no processo de
independência da Catalunha, entre os quais se encontram o Carles Puigdemont, refugiado até agora na Bélgica, e o seu ex-presidente, Oriol Junqueras, preso desde Novembro de 2017.
São acusados de terem organizado o referendo de autodeterminação de 01 de Outubro de 2017 apesar de este ter sido proibido por violar a Constituição
espanhola.
A 27 de Outubro de 2017, Madrid interviu na Comunidade Autónoma, através da dissolução do parlamento regional, da destituição do executivo regional e da convocação de eleições regionais que se realizaram a 21 de Dezembro último.
O bloco de partidos independentistas manteve nessas eleições a maioria de deputados no parlamento regional, mas está a ter dificuldades para formar um
novo executivo.