A oposição togolesa mantém as manifestações previstas para esta semana, apesar da interdição do Governo, indica um apelo do chefe da oposição, Jean-Pierre Fabre, transmitido à PANAPRESS esta terça-feira (10).
As manifestações estão programadas para 11, 12 e 14 de Abril, em todo o território nacional, afirmou. O opositor justifica o apelo às manifestações porque, segundo ele, o governo está a utilizar manobras dilatórias e a violência para abortar o diálogo para continuar no poder.
Contrariamente, o governo, através dos ministros da Segurança e da Administração Geral, advertiu que as manifestações convocadas violam as decisões tomadas diante do facilitador de suspende-las, até ao fim do diálogo.
O diálogo entre oposição e poder sobre as questões das reformas institucionais e constitucionais encalha no regresso à Constituição de 1992, que impede o Presidente Faure Gnassingbé a recandidatar-se para um terceiro mandato, em 2020.
As três rondas de negociações facilitadas pelo Presidente Nana Dankwa Akufo Addo, do Gana, não permitiram aglutinar as posições irredutíveis de ambos os lados.
Surgida em Agosto de 2017, a nova crise sobre as reformas institucionais e constitucional que mobiliza a oposição, através das manifestações públicas, já causou 15 mortos, vários feridos bem como exilados no Gana e no Benin.