Enchentes e forte procura de serviços, por parte dos cidadãos, foi o cenário vivido nos postos de emissão de Bilhetes de Identidade, cartórios, nas conservatórias e nos serviços notariais, após o regresso dos oficiais de justiça, ao trabalho nesta segunda-feira (4), depois de cinco dias de greve.
Na província de Luanda, centenas de cidadãos saíram em busca desses serviços, desde as primeiras horas da manhã, e foram atendidos sem constrangimentos de realce.
Esse cenário foi registado no 1º Cartório Notarial, onde o trabalho decorreu com normalidade, de acordo com o notário-adjunto Sebastião Bamba Domingos.
O responsável informou que, no período da manhã, fizeram atendimento de casos pontuais.
Naquele local, o estudante Roque Vela disse ter reconhecido o seu certificado de forma rápida.
Já na 1ª Conservatória do Registo Civil de Luanda, segundo a conservadora Ester dos Santos, os trabalhos decorreram com regularidade, com a presença de todos os funcionários.
O professor Daniel Ferreira disse ter tirado a sua certidão de casamento sem constrangimentos, e lamentou os efeitos da greve.
Entretanto, o administrador e chefe interino do sistema do posto de identificação do Sambizanga 1, Avenida Comandante Valódia, Luís Domingos, disse terem registado um ambiente calmo.
De acordo com o funcionário público Fernando Carlos, que recebeu o seu Bilhete de Identidade naquele posto, o atendimento foi rápido e satisfatório.
O mesmo cenário foi registado nos serviços de notariado da loja de registos de Ondjiva e na delegação da Justiça na província do Cunene.
O delegado da Justiça no Cunene, Gabriel Ndemupomito, informou que todos os serviços (tribunais, conservatória, cartórios, notariado e postos de identificação civil) estão em pleno funcionamento.
Disse que o sector criou uma estratégia de atendimento rápido ao utente, sobretudo na área de conservatória, para facilitar o processo de reconhecimento e autenticação das fotocópias de certificados e outros documentos
A greve decorreu de 28 de Maio a 1 de Junho, em todo o país, por falta de consenso com o Executivo em relação ao caderno reinvindicativo de 11 pontos, apresentado ao Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, em 2014.
A paralisação abrangeu os serviços de emissão de certidões de nascimento, Bilhetes de Identidade, cédulas pessoais, soltura de réus e outros serviços. Apenas excluiu a emissão de certidões de óbitos e a realização de casamentos previamente marcados.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA) deu uma moratória de 90 dias, para o Executivo atender as questões do seu caderno reivindicativo de 11 pontos, findo os quais ameaça voltar à greve, a 29 de Agosto, e uma paralisação de todos os serviços.