O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, manteve nesta semana, um encontrou com seu opositor, Riek Machar, pela primeira vez desde 2016, mas ambos voltaram a não chegar a um acordo de paz para encerrar os conflitos no país.
As reuniões foram mediadas pelo Conselho de Ministros da Autoridade Intergovernamental (Igad) e ocorreram na Etiópia. Durante os encontros, os líderes se abraçaram e deram as mãos.
Contudo, Kiir se negou a seguir com as negociações com o opositor, que cumpre prisão domiciliar na África do Sul, e solicitou que ele seja transferido para outra região.
“Riek, segundo a decisão do Conselho de Ministros da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento do Leste da África, será levado para fora da região e não ficará em nenhum país próximo ao Sudão do Sul”, disse o Ministério de Relações Exteriores sul-sudanês.
O ministro de Informação do Sudão do Sul, Michael Makuei, reforçou que “Machar não pode ser parte do governo”, por causa de suas “constantes” tentativas de golpe de Estado.
“Em nome do povo do Sudão do Sul, dizemos chega. Se ele quiser ser presidente, que aguarde as próximas eleições”, afirmou.
Ainda assim, o ministro reconheceu que o governo “fez muitas concessões” durante as reuniões nos últimos dias, inclusive a aceitação da criação de uma terceira Vice-Presidência, que poderá ser ocupada pelo partido de Machar, o Movimento de Libertação do Povo do Sudão na Oposição (SPLM-IO).
Machar era vice-presidente até o fim de 2013, quando deflagrou uma rebelião contra Kiir, que governa o país desde sua fundação, a República do Sudão do Sul é a nação mais jovem do mundo e declarou sua independência do Sudão em 2011.