Artigo de Pinto Matamba
Se quisermos, honestamente, construir uma sociedade melhor, precisaremos regressar às nossas culturas e tradições, estudar e trabalhar dedicadamente, com dever patriótico acima de outros países e compromisso firme com os planos de desenvolvimento económico e social.
Não é possível construir um país melhor se nós, angolanos, achamos Angola uma decepção e alimentamos um orgulho inexplicável em identificarmo-nos como os piores na comparação com outros Estados.
Se somos inferiores, se nada aqui é bom, por que razão empreender esforços para melhorar?
Não somos os piores, nunca fomos. Precisamos exigir mais de nós, dos nossos colaboradores, agentes públicos, dirigentes, prestadores de serviço, filhos, irmãos, familiares. Precisamos impor uma nova consciência sobre o respeito pelo bem comum, promover diariamente o trabalho social de remuneração mínima, o amor, a honestidade, o civismo, a tranquilidade, a sã convivência, a segurança e a disciplina.
O país não se define por teclando nas redes sociais, o país se constrói criando uma consciência produtiva nos nacionais ou estrangeiros, adultos, jovens ou crianças. São a micro-indústria de produtos nacionais, a pequena agricultura e o mercado organizado multiplicado de escoamento os grandes factores de rápida alavancagem da economia familiar e social.
Precisamos combater a importação de bens e importar estruturas e serviços necessários para a produção interna, estudar mecanismo para substituir alguns produtos importados por outros produzidos localmente, caso contrário, continuaremos dependentes de economias das grandes potências e sem parque industrial nacional.
É hora de caminharmos juntos, ninguém será capaz de mudar esse curso sozinho. Por mais vozes soltas ao vento, a maioria quer ver e ter um país renovado, com o seu povo e com o seu novo Presidente.
A juventude precisa apoiar a correcção do que está mal e melhorar o que está bem feito.
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