MINSA tranquiliza população angolana e apresenta novos dados do Covid-19


Texto: Victória Pinto

O Ministério da Saúde (MINSA), apresentou nesta sexta-feira 14, numa conferência de imprensa na sua sede, a actualização da situação epidemiológica do covid-19, os principais locais de quarentena e pontos de entrada no país.

 Foram apresentados não só dados actualizados a nível mundial, mas também dados nacionais sobre a quarentena que acontece desde 23 de Janeiro, nos principais pontos destacados pelo Governo de Angola, isto, de modo a tranquilizar e sensibilizar a população quanto aos “boatos” de casos suspeitos que circulam. 

Identificados 32 pontos de entradas, desde aeroportos a entradas ferroviárias, o governo implementou medidas para que todos os cidadãos provenientes da República da China, passem para um período de quarentena antes de qualquer contacto com suas famílias e população no geral. Criados dois centros de quarentena desde o início de Fevereiro, situados na Barra do Kwanza e Calumbo, foram rastreados até o dia 13 do mês corrente a partir do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, 31mil e 32 viajantes provenientes de diferentes províncias da República da China. E actualmente, o centro da Barra do Kwanza conta com 64 cidadãos, dos quais, 21 angolanos, 41 chineses e um brasileiro, enquanto que o centro de quarentena do Calumbo conta com 50 cidadãos, entre eles, 21 angolanos, 28 chineses e um cidadão da Cote D’Voir. 

Além de médicos, os centros contam com outros técnicos de saúde, como enfermeiros, técnicos de análises clínicas, psicólogos, técnicos de Rx e de farmácia. Todos precavidos de biossegurança. 

O Ministério esclareceu que até ao momento Angola não registou nenhum caso suspeito ou confirmado. Dos dois casos suspeitos anteriormente, os resultados foram negativos. 

De acordo com o Inspector Geral da Saúde, Dr. Miguel dos Santos Oliveira, o prazo de quarentena é de 14 dias e a mesma está a ser implementada em função de uma decisão do Governo de Angola para prevenção do Covid-19. 

“As medidas implementadas baseiam-se no regulamento Sanitário Internacional de 2005, que Angola ratificou em 2008 através da resolução nº32 da Assembleia Nacional”, frisou. 

O inspector destacou que outras medidas estão previstas no regulamento sanitário nacional como, os aspectos ligados a vigilância epidemiológica, a notificação de casos, a busca de casos, entre outras medidas. 

Miguel Oliveira, descreveu que o plano de contingência prevê quatro fases: pré-epidérmica, epidérmica, intra-epidérmica e pós-epidérmica. 

Para esclarecer a população do Calumbo que se encontra apavorada, o inspector refutou que nos centros de quarentena são colocados apenas os cidadãos assintomáticos (que não apresentam sintomas da doença) e os locais estão fechados e vedados, por isso não há motivos para pânico. 

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