Ministro do Interior italiano promete acabar com migração no país

O líder da ultra-direita Liga e novo ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, prometeu neste domingo (3), na Sicília, após a sua eleição ao cargo, utilizar o “bom senso” para acabar com naufrágios e chegadas de migrantes e evitar que a Itália seja “o campo de refugiados” da Europa.

“Não temos uma linha dura, mas uma linha de bom senso”, insistiu Salvini, que viajou para a ilha no sul do país para apoiar os candidatos locais de seu partido, que em sua época separatista proferia palavras duríssimas contra essa região do país.

“Os bons tempos para os clandestinos acabaram: preparem-se para fazer as malas”, disse no sábado. “Itália e Sicília não podem ser o campo de refugiados da Europa”, insistiu neste domingo.

Ele foi recebido por simpatizantes entusiastas, mas também por manifestantes da esquerda, embora em menor número.

Em frente ao centro de identificação de migrantes de Pozzallo, sob um sol abrasador, manifestantes de lados contrários estiveram a ponto de chegar à agressão física enquanto aguardavam sua visita.

Mesmo com tom combativo, Salvini matizou algumas de suas declarações anteriores, como na véspera, quando criticou os barcos socorristas das ONGs, que chamou de “vice-traficantes” de pessoas.

“Ninguém me tira a certeza de que a imigração clandestina é um negócio. Ver que há gente que ganha dinheiro às custas de crianças que depois morrem me indigna”, disse depois da morte de pelo menos 48 migrantes no litoral da Tunísia, outros nove – entre elas sete crianças – na costa da Turquia e mais um na Espanha.

“Acho que é melhor gastar o dinheiro (atualmente destinado ao resgate e à acolhida) nos países de origem. Mas se há ONGs que querem fazer trabalhar de graça, tudo bem”, declarou.

 

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