Mais de 12 mil angolanos estão na Zâmbia sem documentos de identificação

Existem na vizinha República da Zâmbia, mais de 12 mil angolanos, ex refugiados, a residir sem qualquer documento de identificação, e as dificuldades de ordem financeiras os impedem de resolver o problema para viverem com dignidade.

A informação foi avançada pelo Cônsul geral de Angola na região zambiana de Soluez, Agostinho Raimundo dos Santos, que garantiu que os governos de Angola e Zâmbia, com o apoio do ACNUR, estão a trabalhar para assegurar a documentação de todos os cidadãos nacionais que se encontram no território zambiano.

Garantiu que os trabalhos que estão em curso entre as três partes são negociações que visam reduzir as altas taxas cobradas no pagamento dos emolumentos que chegam a custar o equivalente a 100 dólares norte-americanos.

“Há um trabalho que vem-se fazendo com o ACNUR e também o governo da Zâmbia para ver se os valores relativamente aos emolumentos sejam diminuídos. Então, esse trabalho está a ser feito para que possamos, num futuro breve, a comunidade possa ter a documentação e, paulatinamente, diminuir o número de angolanos na ilegalidade”, referiu.

São mais de 12 mil ex-refugiados, angolanos residentes em diferentes distritos, sob jurisdição do consulado de Angola, no Suluez, e que encontram dificuldades para regularizar a sua condição no país vizinho, por não dispor de recursos financeiros.

“Só é possível ter acesso ao permito tão logo tenha o passaporte, mas há problemas de custos, porque o cidadão angolano no estrangeiro paga cerca de 100 dólares e a situação socioeconômica da comunidade não os permite fazer isso”, disse o cônsul geral da República de Angola na região de Suluez, Agostinho Raimundo dos Santos.
O diplomata falava à Rádio Nacional de Angola sobre as dificuldades que mais de 12 mil ex refugiados angolanos estão a viver na Zambia, por não terem documentos.