A primeira operadora de micro finanças em Angola já financiou até a data presente mais de 400 mil pequenos negócios em diversas áreas, fundada nos anos noventa, comemora nesta sexta-feira, dia 28 de Setembro, o seu 13.º aniversário.
Segundo a nota de imprensa que o NA teve acesso, o director-executivo Joaquim Catinda, e a sua equipa irão comemorar mais um aniversário da operadora que apresentou o microcrédito ao país.
A KixiCrédito tem acompanhado a população economicamente activa que, por ausência de garantias formais, não é elegível para a banca, tornando assim, reais e sustentáveis os seus negócios. Esta é a premissa global do microcrédito, que a KixiCrédito adoptou para a nossa realidade local, em nome da inclusão social e económica das comunidades vulneráveis dos contextos suburbanos e rurais angolanos.
Neste momento, a KixiCrédito actua em 17 das 18 províncias do país e soma mais de 25 mil clientes activos, entre os quais mais de 60% são mulheres.
Um dado que não surpreende, pois é o grupo com menos oportunidades de acesso ao ensino e ao mercado de trabalho formal e a quem cabe a responsabilidade de gerir o espaço doméstico. Com este micro-empréstimo, podem contribuir para o conforto e o bem-estar das suas famílias e para a sua autonomia financeira.
Apesar do crescente sucesso na materialização de milhares de micronegócios sustentáveis em Angola e da sua ética de transparência (é a única instituição de microfinanças angolana que reporta ao MIX Market), a KixiCrédito continua a debater-se com dificuldades no seu financiamento.
Por outro lado, o grosso dos seus empréstimos provem de financiadores internacionais, os chamados M.I.V. (Veículos de Investimentos em Microfinanças), tais como a REGMIFA/Symbiotics, Trimple Jump, Triodos Bank, Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), FEFISOL e ainda o IFC.
Em jeito de balanço, e com a autoridade de uma experiência operacional de vários anos, a Kixicrédito projecta um futuro onde a actividade de microfinanças possa ser uma aliada do governo no combate à pobreza, por via da inclusão financeira abrangente. Um horizonte que se adivinha cada vez mais próximo, os bancos já apresentam o microcrédito como um serviço a prestar e o BNA (Banco Central de Angola) apresenta-se mais cooperante com o sector.
Para a Kixicrédito, a aliança entre o Executivo e as sociedades de microfinanças completa-se no momento em que a regulamentação e a configuração legal da actividade se tornem uma realidade.