O evento foi realizado na última quinta-feira (26) de Abril, na Mediateca 28 de Agosto em Luanda, um encontro entre profissionais do jornalismo, direito e estudantes, onde foi discutido o exercício de jornalismo, ética e incompatibilidade.
O painel deste encontro, que serviu de grande aprendizado para os estudantes, foi composto pelo jornalista e Secretário geral do Sindicato dos Jornalistas de Angola (SJA), Teixeira Cândido, pelo Professor, Frei José Paulo, e pelo também Professor e constitucionalista Edmiro Francisco, que deciparam todas as dúvidas do vasto auditório.
No encontro, foram abordados alguns dos problemas mais candentes da sociedade e do jornalismo, que têm merecido maior atenção por parte dos profissionais, como são os casos da corrupção, legislações do jornalismo, a qualidade do jornalismo feito em Angola e a relação existente entre o jornalismo a política.
Teixeira Cândido, Secretário geral do Sindicato dos Jornalistas de Angola (SJA), afirmou que, “O SJA, está sempre disponível para este tipo de actividades, é sempre mais um exercício feito”.
Tendo em linha de vista o estatuto do jornalista, “O nosso papel enquanto sindicato nessa altura, é pressionar a Entidade reguladora da comunicação social em Angola (ERCA), para se constituir uma comissão da carteira assinada”, garantiu.
O Professor, Frei José Paulo, salientou que, “O jornalista não é aquele que lê, jornalista é aquele que busca, analise, trata e publica a informação”. O professor disse ainda que, “Nas redacções dos órgãos de comunicação social angolanos, não existem jornalistas seniores, porque estes depois de atingirem os 50 anos de idade, enveredam por outras áreas”.
“Em Angola, os políticos é que decidem o que os jornalistas vão fazer, quando deviam ser os jornalistas a decidirem o que os políticos devem responder”, rematou.
Já o Professor e Constitucionalista, Edmiro Francisco, afirmou que, “Estamos na terceira república, a primeira foi de 1975 à 1991, a segunda foi de 1992 à 2010, e a terceira começou em 2010 vai até os dias de hoje, mas não são as eleições que inauguram as repúblicas”.