A Bonws Seguros organizou recentemente a 2ª Edição do Fórum Segurador Oil&Gás. O evento, que ocorreu no CCTA, em Luanda, teve por objectivo discutir tendências do mercado, desafios da indústria, abordar as melhores práticas, e lançar e trocar ideias.
O fórum contou com a presença de mais de 150 convidados com um papel activo neste mercado, nomeadamente com membros da ARSEG, entidade reguladora dos seguros em Angola, e membros da administração de outras seguradoras. Além da Bonws Seguros, da lista de oradores fizeram parte representantes da World Compliance Association, da American Chamber of Commerce in Angola, da Ernest & Young, e da Universidade Agostinho Neto.
Um dos temas em discussão no evento, foi o modelo actualmente em vigor em Angola de cosseguro no ramo petroquímico, que conta com apenas um líder, cabendo-lhe a subscrição de riscos e convidar as demais seguradoras a participar em parte destes riscos. Uma das desvantagens apontadas no fórum, foi que neste modelo, todo o processo de avaliação de risco e sua tomada de decisão, determinação do prémio a ser cobrado, os termos do contrato e a monitorização das decisões tomadas, ficam a cargo apenas da líder.
Luís Vera Pedro, CEO da Bonws Seguros, disse que o facto de ser uma só a liderar o processo, leva a que não haja uma evolução, e não haja uma aprendizagem técnica por parte de outras seguradoras. No seu entender, a envolvência de outros co-líderes possibilitaria o know-how na medida em que, “é importante que se capacitem os quadros locais para actividade seguradora, seja ela no sector petrolífero ou seja de âmbito geral”.
De acordo com Luís Vera Pedro, se houver um quadro que permita que sejam várias seguradoras numa “pool de seguros” a fazer a subscrição, e serem elas as responsáveis pela análise deste risco, ainda que o mesmo venha ser colocado parte em resseguro, traz vantagens do ponto de vista técnico e financeiro. “No modelo que temos em vigor, a maior parte do prémio é colocado em resseguradoras fora do país. O modelo que propomos da pool de seguros é utilizado em mercados de outros países, e tem a vantagem de evitar a saída de capitais de Angola, através da criação de uma almofada financeira conjunta entre o estado, seguradoras e resseguradoras.”
“Quanto mais retenção ficar em Angola mais riqueza se poderá criar ao país”, fez saber.
“O trabalho que a nossa congénere Ensa está a fazer, é um trabalho muito responsável. De forma alguma ponho em causa a forma responsável com que eles olham para este assunto. O que estou a querer, de alguma forma, é ajudar, e acho que existirão outras seguradoras no mercado que quererão fazer parte desta solução, que é repartirmos a responsabilidade entre aqueles que se acham capazes ou a quem seja verificada a capacidade”, esclareceu.