Notícias de Angola – O ex-Presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, foi condenado a pena de morte, depois de provado como sendo culpado dos crimes de guerra, de que vinha sendo acusado.
A notícia foi avançada pouco depois das 18 horas desta terça-feira, 30 de Setembro, pela Rádio France Internationalle (RFI), que assegura que a sentença foi lida depois de provados em tribunal o envolvimento do antigo estadista. Outros órgãos de imprensa internacional estão também a avançar a notícia, como é o caso da BBC, que recorda que Kabila, de 54 anos de idade, e liderou o país por 18, depois de suceseder ao pai, morto em 2001.
A condenação, de acordo com aquele órgão ocidental, ocorreu na última sexta-feira, por um tribunal militar, por crimes de guerra, incluindo assassinato, agressão sexual, tortura e insurreição. Kabila negou as acusações, mas não compareceu em tribunal para se defender por isso foi condenado a revelia.
O antigo chefe de Estado era acusado de crimes de guerra, traição e organização de um movimento insurreccional, bem como das suas alegadas ligações ao movimento AFC/M23.
O tenente-general Joseph Mutombo Katalayi, que presidiu ao tribunal militar que se reuniu em Kinshasa, a capital, afirmou que Kabila foi também condenado por homicídio, agressão sexual, tortura e insurreição. O ex-Presidente foi condenado à revelia e sem direito a defesa.
Inicialmente previsto para 12 de Setembro, a leitura da sentença demorou mais de 18 dias a ser proferida. A instrução deveria receber novos elementos de novos testemunhos, mas estes acabaram por não comparecer na audiência.
Joseph Kabila, Presidente da República democrática do Congo (RDC) entre 2001 e 2019, foi considerado culpado pela acusação como um dos iniciadores da Aliança Rio Congo (AFC), ramo político do M23.
O secretário-geral adjunto do Partido do Povo para a Reconstrução e a Democracia (PPRD) denunciou um «julgamento político» contra Joseph Kabila, membro dessa formação.