Por: Gabriel Díssel
Analisar o “estado atual do Discernimento do angolano”, na verdade é interessante e sugestivo sua reflexão, na medida que nos encontramos, diante do aproximar das eleições Gerais em Angola de 2022, no entanto, gostaria, que ao leres este artigo, fizesse uma auto-análise , profunda, despida das ideologias partidárias enraizadas dentro de Ti e que fosses o mais coerente, justo, integro e realístico possível, como homem ou mulher angolano(a), ou um outro e qualquer cidadão, que vive e gosta de Angola, bem como, Tem-lo, ou tem-no, como sua opção de vida.
Na sequência, então, dessa reflexão, estado é uma situação em que se encontra uma pessoa, animal ou coisa, mas no caso, o angolano (o seu modo de ser ou de estar).
Assim, inicialmente, uma das questões que tenho estado a fazer todos os dias, é saber como está o estado atual do angolano?
No entanto, já relativamente, ao Discernimento é conhecer ou ver, avaliar, fazer a distinção entre duas ou mais coisas, ou ainda, fazer uma apreciação em relação a alguma coisa ou situação.
Pelo que, uma pessoa com bom discernimento tem a capacidade, clareza, para compreender certas coisas ou para fazer as escolhas acertadas, sem ser influenciada, independentemente, dos nossos ideais e convicções partidárias, inflamadas, por aqueles que na hora da pré-campanha ou período eleitoral, fazem de tudo e mais alguma coisa, só para serem votados e serem eles somente a governarem, sem sequer se importarem com a maioria da população.
O angolano sempre foi um pouco muito orgulhoso de si, armado (tido), que é o melhor e dos mais vivos do mundo, tanto que, não é à toa, que havia momentos em que cada um de nós, quando fôssemos em qualquer país do mundo, dávamos muito show (exibindo toda nossa ginga, nossa vaidade, amarrada no pescoço e pautadas nos nossos rostos, gastando dinheiro como se fosse somente de tirar, ou, de apanhar). Éramos um povo que nunca admitíamos com que um outro, ou, gentes viessem nos abusar, tanto, que preferíamos apanhar, mas com certeza de que a vitória seria nossa.
Sempre fomos um povo que preferíamos deixar a nossa vida na campa (túmulo) do que sermos insultados.
Sempre fomos um povo, independentemente de qual seja a parte de Angola, que quem fosse o que fosse, desde que, faltassem, respeito ao nosso pai, nossa mãe ou insultassem nossos irmãos, filhos, ou mesmo próximo, tirávamos rapidamente, as camisas ou blusas e partíamos, em pancadarias, só para defendermos o que era nossa pertença, por sangue ou a proximidade, mas não permitíamos, o que não significa, que eramos confucionistas, mas sim, defensores dos nossos, com orgulho e honra. Na verdade, ninguém aceitava com que falassem mal de Angola e de um angolano.
Não éramos corrompidos por falta de um prato de comida, até porque, mesmo que não tivessemos, o mais próximo se compadecia com outro e recebia ajuda; tínhamos orgulho e honra de sermos o que erámos, mas agora, me parece que tudo está a mudar, ou pelo menos estamos a mudar; tudo é fácil, tudo é nosso, tudo queremos, tudo devemos ter e tudo deve ser nosso.
Já não conseguimos, ter pelo menos um pouco de humildade em reconhecer os esforços de outrem, mas sempre foi da nossa essência, que mesmo que o outro lhe deia somente um copo de água, como “bantu” que somos, devemos reconhecer, mas, agora já nem sequer, conseguimos distinguir o certo do errado.
Agora tudo vale e não importa o tipo de risco, vergonha que possamos passar, o mais importante é comermos.
Hoje parece, que mesmo que que seja nosso pai, mãe, irmão, filhos, ou, seja quem for, se o mais importante é ser e ter, então preferimos correr o risco de perdê-los para saciarmos nossa fome, tanto que, parece que mesmo que alguém nos roube e nos deia de comer é melhor, do que quem nos ensina a não roubar, a trabalhar, a ser honesto, mas que ao mesmo tempo não nos passa a mão a cabeça, e nos repreende para sermos honestos de maneira que possamos, conquistar as coisas e o nosso espaço de acordo com as próprias capacidades.
Quando analiso os debates públicos, tanto nas rádios televisão, mesmo nos táxis e hastes públicos, me pergunto que tipo de homens e mulheres esse país tem na atualidade e terá, com a falta de humildade em reconhecer os esforços dos outros? Qual é na verdade sua verdadeira personalidade, de homens que querem um país saudável, livre de corrupção, transparência e mudanças? Ou querem um país que continue com as sequencias do nepotismo, da roubalheira, com gentes maldosas e que só falam, falam, falam e de retórica não passam?
Dentro de menos 2 meses Angola, terá sua eleições Gerais e mais uma vez, os angolanos serão postos a prova, de maneira que possamos ter eleições justas e transparentes, mas não é correcto, nem justo com que haja dirigentes políticos, militantes de partidos políticos, amigos, simpatizantes, seguidistas e raivosos, que se aproveitem do momento em que o mundo e o nosso país se encontra, por uma má sorte de crises contínuas e também, em alguns casos de má gestão do erário público, por parte dos seus próprios cidadãos, para passar a ideia de que, independentemente, do que possa acontecer nas eleições, haverá fraudes, falta de transparência e roubo de votos; isso não e reprovo veementemente, seja a quem for, porque para mim, primeiro Angola, segundo Angola, terceiro Angola e o resto, os angolanos sem cor partidária.
Por isso, só não vê, quem não quer ver; só não sabe, quem não quer saber, de que os governantes que hoje aparecem, comos os supostos salvadores de Angola, tudo fazem, para terem a oportunidade de governarem a todo custo, o que é reprovável num país que segue o rumo da democracia, nem é bom esse tipo de má retorica porque , quer aceitemos , ou não, temos que concordar que maior parte da nossa população é ignorante, porque não teve acesso ao ensino e aprendizado, em função de vários factores endógenos e exógenos a nossa realidade e por esse facto, é preciso se ter cuidado, no tipo de discurso que se passa nas rádios, televisão, nas redes sociais (Facebook, WhatsApp, Linkedin, Instagram, entre outras fontes sociais), táxis , ruas, de maneira que o cidadão menos informados, não consuma, informações erradas e possa produzir, comportamentos, por má direção, que venha a perigar nosso e agora, sentido de estar e ser.
Prefiro, acreditar que o estado atual do Discernimento do angolano, virá ao de cima e ninguém, por ninguém, nem muito menos por alguma coisa, será corrompido, só porque “Fulano”, “Beltrano” e “Sicrano”, assim quer e deseja, até porque todos sabem que nessa luta de Titãs, de Leões, Elefantes e Hienas, quem sofre sempre é o capim.
“Nunca e por nada um individuo com discernimento, será corrompido, por um simples discurso, ou, um prato de comida na mesa”. primeiro Angola, segundo Angola, terceiro Angola e o resto, os angolanos sem cor partidária.