Um total de cinco mil e 85 profissionais da área da saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, terapeutas e pessoal de apoio hospitalar, vão ser admitidos através de um concurso público marcado para a primeira quinzena de Março, informou ontem, em Luanda, a titular da pasta, no final de um encontro que analisou a questão.
“Este concurso vai ter uma especificidade própria, se comparados com os já realizados até aqui, pois, além de admitir quadros, vai iniciar, também, em simultâneo um programa de formação”, realçou.
A ministra disse que foram identificadas as especialidades que fazem falta num pacote para uma rede de cuidados primários eficiente. “Identificamos as especialidades de ginecologia e obstetrícia, medicina familiar, pediatria, medicina interna, cirurgia geral, saúde pública, anestesia, cuidados intensivos e ortopedia. São áreas em que vamos investir mais”, informou.
Sílvia Lutucuta pediu à população para não se deixar enganar por aqueles que, durante a realização do evento, venham dizer que podem conseguir enquadrar, a custo de algum valor, porque haverá vagas suficientes, principalmente para a classe médica. “Não precisam subornar ninguém, nem tão pouco recorrerem às agências.
O concurso vai ser feito apenas pelo Ministério da Saúde, a vários níveis. As pessoas só têm que apresentar as candidaturas e concorrerem”, aconselhou.
A responsável deu a conhecer que os concursos vão acontecer a nível dos municípios. Sílvia Lutucuta disse que o objectivo é garantir que cada município, em função do número de quadros que receber, tenha pelo menos um ortopedista, um técnico de cuidados intensivos e um anestesista.
“Há hospitais municipais que têm bloco operatório ou mesmo sala de parto, mas que, às vezes, não conseguem realizar determinados procedimentos porque não há um anestesista e nem um técnico de cuidados intensivos”, esclareceu .
Muitas vezes, continuou a ministra, as unidades de referência, principalmente neste momento em que o país enfrenta um surto de malária com alguma gravidade, registam muitas mortes porque, a nível da periferia, não há capacidade de resposta para resolver alguns problemas a nível do município.
Crédito: Jornal de Angola