O Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) exortou, esta terça-feira, em Luanda, para o respeito escrupuloso às boas práticas do jornalismo, em particular o televisivo, a fim de evitar a capitalização do sensacionalismo.
Na sua deliberação saída da sessão plenária de segunda-feira, 20, a ERCA alerta que os meios televisivos devem evitar a espectacularização da informação e a promoção de personagens que procuram difundir práticas obscurantistas e anti-sociais, ao arrepio do estabelecido na alínea “e” do artigo 1.º da Lei de Imprensa, respeitante à defesa dos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
A ERCA recomenda, igualmente, aos operadores públicos de comunicação social, com destaque para os canais televisivos, para estabelecerem padrões de excelência da programação, no âmbito da prestação de um serviço público de qualidade que persiga o interesse público e esteja focalizado na formação e educação dos cidadãos.
A entidade considera que “certos conteúdos têm posto em causa o espírito e a letra do legislado sobre a supervisão e regulação no que diz respeito à protecção dos grupos sociais mais vulneráveis, designadamente crianças, jovens, idosos e portadores de necessidades especiais, bem como a defesa do seu desenvolvimento como cidadãos”.
Adverte, ainda, que a televisão, pelo impacto que a mensagem áudio-visual tem na vida e nos destinos das pessoas, é, seguramente, o meio de comunicação social que mais condiciona e influencia comportamentos individuais e colectivos, sendo maior a responsabilidade dos profissionais na gestão dos conteúdos.